Gastronomia de São Joaquim: 5 produtos que você precisa provar e que são exclusivos da serra 3c5l3n

São Joaquim é um dos poucos locais do mundo a possuir quatro Indicações Geográficas que reconhece a qualidade e exclusividade de certos produtos 25 agosto 2023 às 12h49 11 Minutos CONTEÚDO ESPECIAL, BRANDED STUDIO ND Enviar no WhatsApp 153o4v

Se você ainda não foi a São Joaquim, na Serra catarinense, é possível que conheça a cidade pelas imagens de geada e neve que aparecem com frequência na televisão e em portais de notícias. O município é um dos mais frios de Santa Catarina e um verdadeiro paraíso, com cenários de filme, para os amantes do turismo de inverno.

Mas para além do clima e das paisagens congelantes, São Joaquim se destaca das demais cidades do estado por outra característica. Ele é um dos poucos locais do mundo a possuir quatro Indicações Geográficas (IG), um selo que indica a qualidade e exclusividade de certos produtos produzidos por lá.

A maçã Fuji, os vinhos de altitude, o mel de melato de Bracatinga, o queijo artesanal serrano, além da carne frescal, que está em processo de certificação, são produtos únicos e que você não pode deixar de experimentar em sua viagem a São Joaquim.

Além de poder comprá-los em comércios da região ou experimentá-los em restaurantes locais, alguns produtores abrem suas propriedades à visitação, tornando a experiência gastronômica ainda mais enriquecedora.

Fique com a gente para saber como experimentar cada um dos produtos únicos de São Joaquim e da Serra catarinense!

1. Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim p2g3f

Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/DivulgaçãoMaçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

Um produto só recebe um selo de Identificação Geográfica quando se consegue provar que ele possui características singulares devido à região onde é produzido e ao modo como é feito. No caso da maçã Fuji cultivada em São Joaquim e algumas cidades próximas, a altitude que ultraa os mil metros é determinante da cor, do formato e sabor da fruta.

A alta altitude faz com que a região seja mais fria e o frio, por sua vez, induz a floração da maçã, que ocorre mais cedo e possibilita que o fruto ganhe mais tamanho e peso antes de ser colhido. Por isso mesmo, você vai reparar que a maçã de São Joaquim é maior, bem arredondada e vermelhinha, devido a um pigmento natural produzido pela fruta e estimulado em locais de amplitudes térmicas (com dias quentes e noites frias).

Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
1 3
Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
2 3
Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
3 3
Maçã Fuji: o produto exportação de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

O frio também pode influenciar na doçura da fruta. Se semanas antes da colheita as temperaturas baixarem, um distúrbio fisiológico pode deixar a maçã mais doce. É praticamente o fruto do conto “A Branca de Neve”. Perfeita!

Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçãs e São Joaquim, por sua vez, a maior cidade produtora do Estado. Isso fez dela a Capital Nacional da Maçã. Em média, 350 mil toneladas da fruta saem do município para abastecer o Brasil todo e outros países mundo afora. Além de gerar renda e girar a economia diretamente, a maçã também se tornou atração turística e festiva na cidade.

Onde comer em São Joaquim? d6t1f

No restaurante Pequeno Bosque, no Centro de São Joaquim, é possível experimentar receitas que levam a maçã Fuji da cidade. Além do típico apfelstrudel e da maçã chatelaine, a fruta caramelada acompanha um prato principal de pato com purê de batata.

Para levar para casa, o turista encontra maçã Fuji embalada nos estabelecimentos da Sanjo, da Hiragami e da Cooperserra.

Em setembro, a floração de macieiras chama atenção dos turistas que podem conhecer os pomares repletos de flores rosa claro. Já entre fevereiro e maio, durante a colheita, várias propriedades abrem suas portas para a experiência do Colha & Pague. Em setembro, por fim, São Joaquim prepara a grande Festa Nacional da Maçã, com programação musical de peso e outras atrações para celebrar a safra do ano.

2. Vinhos de Altitude: qualidade e experiências únicas nas vinícolas de São Joaquim 15n1v

Vinhos de Altitude: qualidade e experiências únicas nas vinícolas de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/DivulgaçãoVinhos de Altitude: qualidade e experiências únicas nas vinícolas de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

Um dos atrativos mais famosos de São Joaquim são suas vinícolas, onde se produzem vinhos reconhecidos nacional e internacionalmente. A cidade concentra o maior número de vinhedos da Serra Catarinense: 21, que ocupam cerca de 300 hectares de terra. A maioria produz vinhos finos, com uvas como a Cabernet Sauvignon, Pinot Noir, Chardonnay, entre outras famosas mundialmente.

A altitude em que se encontra São Joaquim, a mais de mil metros em relação ao nível do mar, é ponto fundamental para a qualidade da bebida produzida. Em regiões altas como essas, a amplitude térmica costuma ser maior, o que proporciona uma maturação mais lenta das uvas. Nesse processo, a fruta vai acumulando mais açúcar e acidez, que são interessantes para a produção de vinhos finos de qualidade. Isso impacta no corpo, no aroma e no sabor da bebida.

Junto a outras 29 cidades, tanto da Serra quanto do Planalto, os vinhos de São Joaquim receberam o selo de Identificação Geográfica em 2021. Para quem produz a bebida, o reconhecimento gera mais negócios. Para quem consome, é o atestado de qualidade e singularidade do produto. Já para a cidade, a vantagem vem em forma de turismo.

Onde experimentar vinhos de altitude em São Joaquim? 3i4c

Vinhos de Altitude: qualidade e experiências únicas nas vinícolas de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
1 2
Vinhos de Altitude: qualidade e experiências únicas nas vinícolas de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
Vinhos de Altitude: qualidade e experiências únicas nas vinícolas de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
2 2
Vinhos de Altitude: qualidade e experiências únicas nas vinícolas de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

O principal ponto de venda dos vinhos de altitude de São Joaquim e da Serra Catarinense é a Casa do Vinho, estabelecimento que fica no Centro da cidade. Além de compras, também é possível participar de degustações em grupo por lá.

Agora, o eio realmente especial é aquele pelas vinícolas. De todas elas, dez contam com receptivo para atender visitantes. No menu de experiências, você encontra degustações, eios pelos parreirais, piqueniques ao pôr do sol e até hospedagem.

A maior parte das vinícolas de São Joaquim está concentrada em uma única localidade: o Vale do Complexo dos Vinhedos, que no inverno se pinta de branco de geada, parecendo cena de filme. O vale fica na SC-114, sentido Lages. As vinícolas estão dispostas ao longo da estrada e há placas de sinalização.

Outra boa oportunidade é participar do Festival Vindima de Altitude, que ocorre todo o ano no mês de março. A programação inclui degustações, gastronomia e apresentações artísticas, além de atrações nas vinícolas preparadas especialmente para a festividade.

3. Mel de Melato de Bracatinga: o ouro negro de São Joaquim 4g3l30

Mel de Melato de Bracatinga: o ouro negro de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/DivulgaçãoMel de Melato de Bracatinga: o ouro negro de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

A produção do mel de melato de Bracatinga é como uma poção, que precisa de um tanto de combinações e outro tanto de magia para existir. Trata-se de um tipo diferente de mel e um produto único no mundo. Ele não é produzido pelas abelhas a partir do pólen das flores, mas sim a partir do resíduo de um inseto.

Funciona assim: as cochonilhas (um tipo de inseto) se fixam no tronco da Bracatinga, uma árvore da Mata Atlântica, para se alimentar de seiva. Após se alimentar, elas excretam o melato, um líquido adocicado que fica depositado na árvore. As abelhas, por sua vez, o utilizam como matéria-prima para a fabricação de mel.

Esse fenômeno ocorre a cada dois anos e é característico de áreas com altitude superior a 700 metros, na região Sul do Brasil. Entre as 134 cidades que o produzem em Santa Catarina, está São Joaquim.

Diferentemente de outros, esse mel é mais escuro, amargo e não cristaliza como o mel floral. Além de ser saboroso também é benéfico para a saúde, devido aos minerais e concentração de aminoácidos. E veja só: em Santa Catarina, mais de 90% da produção é exportada. Significa que quando tiver a oportunidade, precisará experimentar essa iguaria.

Onde comer em São Joaquim? d6t1f

Mel de Melato de Bracatinga: o ouro negro de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/DivulgaçãoMel de Melato de Bracatinga: o ouro negro de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

Em frente à Igreja Matriz de São Joaquim, na região central, você verá uma pequena casa de madeira amarela. É a sede da loja da Apiários Real, que há décadas trabalha com mel e seus derivados. Além de encontrar o mel de melato da Bracatinga, também terá à disposição bolachas, bolos e pães feitos com a iguaria única no mundo.

4. Queijo Artesanal Serrano: um produto histórico produzido em São Joaquim 3p5l2e

Queijo Artesanal Serrano: um produto histórico produzido em São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/DivulgaçãoQueijo Artesanal Serrano: um produto histórico produzido em São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

O Queijo Artesanal Serrano é mais um produto que une cidades da Serra Catarinense e também municípios do Rio Grande do Sul pela história e tradição. E adiciona ao catálogo de São Joaquim mais um alimento com Identificação Geográfica.

A história da cultura queijeira na região remonta à época dos tropeiros e também da chegada de imigrantes açorianos, no século 19. Com algumas mudanças tecnológicas e sanitárias ao longo dos séculos, a produção ainda preserva seu modo de saber-fazer original, um dos motivos pelos quais o produto é reconhecido.

Exemplo disso é a família Rissi, da Queijaria Tio Tácio, em São Joaquim. A herança queijeira veio do patriarca tropeiro e ou de geração em geração. O processo de produção é totalmente artesanal e feito a partir do leite cru, característica do queijo serrano, de vacas criadas soltas em pasto nativo.

Com um percentual maior de gordura, o queijo serrano tem uma textura amanteigada e um sabor suave, dependendo do tempo de maturação. Quanto mais tempo maturando, mais firme ele fica e ganha um sabor levemente picante. Foi justamente com esse queijo mais maturado que a queijaria de São Joaquim conquistou o coração dos consumidores.

Em 2020, a Queijaria Tio Tácio conquistou o Selo Arte, um certificado de identidade e qualidade concedido pelo Governo Federal a produtos fabricados de forma artesanal. Desde então, pode comercializar a iguaria de São Joaquim por todo território brasileiro.

Onde comer em São Joaquim? d6t1f

Queijo Artesanal Serrano: um produto histórico produzido em São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/DivulgaçãoQueijo Artesanal Serrano: um produto histórico produzido em São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

Você pode encontrar o Queijo Artesanal Serrano em alguns estabelecimentos de São Joaquim. Alguns deles são: a feira Exponeve, dentro do Parque Nacional da Maçã, a loja Souvenir da Serra e nos empórios 4 Estações e Toscano. Esses três últimos ficam no Centro da cidade.

O Queijo Artesanal Serrano combina bem com outras IGs de São Joaquim. O mais fresco, menos maturado, forma um bom par com o mel de melato de Bracatinga por cima. Já o mais maturado e intenso em sabor casa com os vinhos de altitude. Que tal experimentar essas combinações?

5. Frescal: um cartão-postal de São Joaquim 6k6s2y

Frescal: um cartão-postal de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/DivulgaçãoFrescal: um cartão-postal de São Joaquim – Foto: Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

Ainda em processo para o reconhecimento da Identificação Geográfica, o Frescal é como um cartão-postal de São Joaquim. Foi no município que a família Zandonadi se tornou pioneira neste tipo de preparo. O frescal consiste em um processo de salga e maturação da carne, que a deixa suculenta.

Quando pronta, pode ir ao forno, para o tradicional carreteiro ou para a brasa, no bom e velho churrasco. Como a carne foi salgada e já perdeu certa quantidade de água, ela cozinha mais rapidamente. A maturação, por sua vez, é um processo natural de amaciamento. Embaladas a vácuo e mantidas à baixa temperatura por certo período de tempo, a carne fica macia, suculenta e tem seu aroma e sabor realçados.

Anteriormente a todo esse processo, a forma como o gado é criado tem grande responsabilidade na qualidade do produto. Em São Joaquim, a família Zandonadi cria o gado solto e com alimentação a base de pasto nativo da Serra Catarinense. Até ir para a vitrine do açougue, cada o é acompanhado de perto. Embora ainda aguarde pela Identificação Geográfica, o Frescal de São Joaquim já conta com o Selo Arte. Com ele, a empresa Frigozan – da família Zandonadi – pode comercializar a carne para todo o Brasil.

Onde comer em São Joaquim? d6t1f

Frescal: um cartão-postal de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
1 2
Frescal: um cartão-postal de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
Frescal: um cartão-postal de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação
2 2
Frescal: um cartão-postal de São Joaquim - Prefeitura de São Joaquim/Divulgação

Algumas churrascarias da cidade servem o Frescal de São Joaquim. Além delas, no restaurante Pequeno Bosque você poderá desfrutar de algumas saborosas receitas. O “steak tartare” é uma delas. O Frescal cru cortado em tiras leva vários temperos, folhas de rúcula e é servido junto a fatias de pão rústico. Já o “steak diane” é um preparo em que a carne é frita e servida com molho preparado com creme de leite fresco, molho inglês, conhaque e cogumelos.

Agora, se deseja levar para casa a iguaria de São Joaquim, pode comprá-la diretamente do açougue da Frigozan no Centro da cidade.

Explore mais conteúdos da cidade ngt

Urbanização inteligente: a aposta nos bairros planejados em Santa Catarina 701u59

Projetos com infraestrutura moderna e segurança, que equilibram a vida urbana com a natureza, têm atraído cada vez mais investidores e morad ...