Argentinos adotam ‘jeitinho brasileiro’ e surpreendem ambulantes em Florianópolis 4m4743

Com as dificuldades econômicas na Argentina, eles economizam o quanto podem durante as férias no Brasil 552z3o

As duas temporadas sem virem a Florianópolis deram aos turistas argentinos a chance de fazerem uma poupança para quando o verão sem pandemia chegasse, e ele chegou.

Praia dos Ingleses, Norte da Ilha – Foto: Leo Munhoz/NDPraia dos Ingleses, Norte da Ilha – Foto: Leo Munhoz/ND

Com as dificuldades econômicas na Argentina, eles economizam o quanto podem. Independentemente das eventuais dificuldades, “los hermanos” invadiram a Ilha, para a alegria deles e do trade turístico.

Cintia Varela trabalha num banco em Tucumán, na Argentina, e veio com o marido, o comerciante Marcos Valdivieso, e os filhos Bautista, de 13 anos, Santino, 12 anos e Benicio, 6 anos. Eles conheceram a praia dos Ingleses, ano ado, gostaram e voltaram.

De Tucumán, Bautista, Marco, Santino, Cintia e Benicio – Foto: Leo Munhoz/NDDe Tucumán, Bautista, Marco, Santino, Cintia e Benicio – Foto: Leo Munhoz/ND

Na Ilha, também foram ao Santinho, Brava, em Florianópolis, além do Mariscal em Bombinhas. “Gosto do mar, as crianças gostam muito. É tranquilo. Tem muita gente, mas tem onde comer, estamos confortáveis”, conta Cintia sobre a visita aos Ingleses.

Para não gastar muito, levaram bebidas e comida num cooler. A família chegou dia 7 e ficou até este domingo (22) na Capital.

O vendedor ambulante Jonas Padilha Tauffer, de 40 anos, sentiu a diferença no comportamento de consumo dos argentinos, que representam a maioria da clientela dele.

Agora tricampeões do mundo, eles estão ainda mais orgulhosos de vestir o manto argentino – Foto: Leo Munhoz/NDAgora tricampeões do mundo, eles estão ainda mais orgulhosos de vestir o manto argentino – Foto: Leo Munhoz/ND

“Pão, fruta, presunto. Isso aqui virou um mercadão aberto, não está como antigamente: vinham, consumiam, gastavam. Hoje o brasileiro, em menor percentual, gasta uns R$ 50 em média e o argentino uns R$ 10″, comenta Jonas. Ele vende água, sucos e demais bebidas.

As amigas Cecília Wilkinson, 26 anos, Morena Terenghi, 22 anos, e Bianca D’Alessandro, 25 anos, chegaram na quinta-feira (19), vindo de Rosário, cidade portuária na Argentina. Elas vieram sem data para voltar para casa, pois pretendem curtir alguns dias de férias e depois trabalhar para ar a temporada no Brasil.

As amigas Bianca, Morena e Cecilia vão trabalhar para curtir – Foto: Leo Munhoz/NDAs amigas Bianca, Morena e Cecilia vão trabalhar para curtir – Foto: Leo Munhoz/ND

“Conhecemos Bombinhas e agora viemos para cá”, conta Cecília. “Amo o Brasil, é um país muito lindo”, diz Morena. “Gosto da água, das pessoas”, afirma Bianca. As amigas estavam na maior felicidade. Na hora da foto, Cecilia puxou a camiseta do News Old Boys e citou Messi, que também é de Rosário.

Beleza e tranquilidade recompensam alto custo a5n20

O comerciante Alexis Fischer, 50 anos, é de Entre Ríos, província do Nordeste da Argentina, e veio para Florianópolis com a mulher, Eugenia. Sexta-feira (20), estava com Andres Amaya, 47 anos, de Santa Fé. Eles se conheceram por aqui.

“Viemos aqui há sete, oito anos. Dessa vez, viemos sem reserva. Pensei que conseguiríamos rápido, não imaginei que estaria tão cheio. Mas conseguimos. Estamos nos Ingleses, viemos sempre para o mesmo lugar, porque é tranquilo o mar, é familiar, é lindo”, declara Fischer.

Alexis Fischer (esq) abraçado com o amigo Andres Amaya . Na foto, membros das famílias de ambos – Foto: Leo Munhoz/NDAlexis Fischer (esq) abraçado com o amigo Andres Amaya . Na foto, membros das famílias de ambos – Foto: Leo Munhoz/ND

Sobre o consumo na praia, na opinião dele, os preços são sempre iguais, mas o Peso, moeda argentina, continua desvalorizado. “Cada vez custa mais aos argentinos vir ao Brasil”, avalia Fischer, que voltou ontem para Entre Ríos.

Andres Amaya estava com a mulher, duas filhas e um genro. Falando em equilibrar os gastos, trouxe grande parte do que consumiu à beira-mar. “Amo Florianópolis. Faz seis anos que venho, é um lugar belo por natureza, nos sentimos confortáveis. Viemos de 2012 a 2016, deixamos de vir na pandemia. Viemos ano ado e este ano”, conta.

Expectativa de segunda onda no Carnaval 323v3h

Para o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Ed Pereira, é muito importante que a cidade tenha turistas, sejam argentinos, europeus, brasileiros e catarinenses. Sobre os hermanos, Ed acredita que muitos investem em Santa Catarina.

“Não podemos misturar o argentino que está nos hotéis, nos nossos melhores restaurantes, daqueles que ainda vêm com trailers e ficam mais na praia”, comenta.

Santino brincando com seu pai, Marco – Foto: Leo Munhoz/NDSantino brincando com seu pai, Marco – Foto: Leo Munhoz/ND

Na visão do prefeito de Florianópolis, Topázio Neto (PSD), os argentinos levaram o isolamento da pandemia a sério e estavam com saudades da Ilha. “Estão dois anos dentro de casa, sem viajar, sem sair. De uma forma ou de outra, economizaram e agora que a situação se regularizou, estão viajando bastante”.

Topázio conta que a invasão argentina não foi surpresa, porque sabia que os voos de lá para Florianópolis estavam lotados. “Mas a quantidade que está vindo pela estrada, surpreendeu”, afirma o prefeito. A expectativa dele é de que haja uma segunda onda no Carnaval.

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