5 pontos turísticos históricos para você conhecer no Centro de Florianópolis 5z5d19

De roteiro cultural ao turismo religioso, o Centro de Florianópolis reúne cultura, gastronomia e arte que contam a história da capital de Santa Catarina 30 abril 2022 às 15h03 7 Minutos Patricia Stahl Gaglioti Enviar no WhatsApp 2p61g

O Centro de Florianópolis não deve ser apenas um lugar de agem, uma rota para se chegar ao comércio, bancos, instituições públicas ou terminais de ônibus. A região central é um local para se demorar e percorrer suas ruas atentando aos prédios centenários que contrastam com a arquitetura moderna dos dias de hoje.

Mais que isso: além de observar, por que não entrar, sentar e conhecer o que cada canto ou construção abriga e tem a nos contar? Se você está se programando para visitar Florianópolis ou se já vive na Ilha da Magia, anote cinco lugares no Centro Histórico que merecem sua atenção.

1. Mercado Público 1p2m3s

Mercado Público de Florianópolis – Foto: Diorgenes Pandini/Especial para o NDMercado Público de Florianópolis – Foto: Diorgenes Pandini/Especial para o ND

Esse é um ponto de encontro da população de Florianópolis e de quem visita a ilha. O atual prédio do mercado foi inaugurado em 1899, tempo em que o Centro da cidade se organizava e modernizava. Ele foi construído para suprir a demanda da população que crescia e para ser um espaço com melhores condições sanitárias para a venda de alimentos.

Quando o Mercado Público foi aberto, encontrava-se por lá carnes, peixes, queijos e até galinhas vivas. Hoje a diversidade de itens é enorme: são 118 boxes no espaço. Além das peixarias, açougues e quitandas, você também encontra lojas de artesanato tradicional, de calçados, de celulares, barbearia e muito mais.

Até galeria de arte o mercado tem. Um espaço destinado a exposições de artistas locais. Tem cineclube também, para exibição de produções audiovisuais da cidade. Sem falar, é claro, dos restaurantes e dos pratos com frutos do mar, do chope gelado, das rodas de samba e da alegria dos happy hours que já começam a movimentar o espaço a partir de quinta-feira.

2. Palácio Cruz e Souza e Museu Histórico de Santa Catarina 5l6o1x

Palácio Cruz e Souza – Foto: Daniel Queiroz/Arquivo NDPalácio Cruz e Souza – Foto: Daniel Queiroz/Arquivo ND

É simplesmente impossível não reparar no Palácio Cruz e Souza. A imponente construção rosada ocupa quase uma quadra inteira do Centro de Florianópolis e abrange três ruas: a Tenente Silveira, a Trajano e a Praça XV de Novembro. A frente do palácio tem vista para a praça. É desse lado da construção, no paredão que fica ao lado do jardim, que está o mural de 650 metros quadrados com o retrato do poeta catarinense Cruz e Souza.

O palácio é a antiga sede do Governo do Estado, construído em meados do século 18, a mando provavelmente do brigadeiro José da Silva Paes, colonial português que foi o primeiro governador da capitania de Santa Catarina.

No decorrer dos séculos, muitas solenidades, eventos políticos e militares aconteceram nele, incluindo as visitas dos imperadores do Brasil, Dom Pedro I e II. Foi em 1979 que o casarão foi rebatizado com o nome de Cruz e Souza. Desde 1986 é sede do Museu Histórico de Santa Catarina. Entre para visitar o ado e conhecer parte da história de Florianópolis e do estado catarinense.

Fazem parte de seu acervo peças do século 19 e 20, incluindo mobiliários, esculturas, pinturas históricas, fotografias, documentos, entre outros. O museu também possui um acervo arqueológico, composto por peças descobertas durante uma escavação feita nos jardins do palácio. São fragmentos de ossos, porcelanas, louças, entre outros objetos dos séculos 18, 19 e 20.

Você também pode fazer um tour virtual pelo espaço com o auxílio de um audioguia, que a informações em texto e áudio a respeito de dez das principais obras expostas. Esta ferramenta está disponível em cinco idiomas: português, inglês, espanhol, francês e italiano.

3. Praça XV de Novembro 22144u

Praça XV de Novembro – Foto: iStock/DivulgaçãoPraça XV de Novembro – Foto: iStock/Divulgação

Saindo do Palácio Cruz e Souza, basta atravessar a rua e você estará em um dos principais locais a partir do qual a cidade de Florianópolis foi se organizando: estamos falando da Praça XV de Novembro. O povoado da então Nossa Senhora de Desterro começou a se formar e ocupar os espaços do Centro da atual cidade a partir de 1673. Foi quando chegou à hoje capital do estado o bandeirante Francisco Dias Velho.

Dessa época até o século 19, a praça era apenas um descampado. Foi somente por volta dos anos de 1890 que esse espaço urbano ganhou jardim, árvores, iluminação pública, calçamento. A famosa Figueira Centenária foi transplantada na praça em 1891, onde permanece até hoje, oferecendo muita sombra a quem a por ali.

Mas por que só ar? Sente-se, tome um sorvete, um café. Conheça o Monumento em Honra aos Heróis Mortos, que lutaram na Guerra do Paraguai, e descubra quem são os ilustres catarinenses homenageados em bustos na praça.

4. Catedral Metropolitana de Florianópolis 1o3m2p

Catedral Metropolitana de Florianópolis – Foto: Anderson Coelho/Arquivo NDCatedral Metropolitana de Florianópolis – Foto: Anderson Coelho/Arquivo ND

A menos de 200 metros da Praça XV de Novembro fica a primeira igreja erguida na cidade. O prédio não se trata apenas de um local religioso de fé católica. É parte fundante do município. Construída originalmente de pedra e cal, era uma pequena capela no ano de 1673, em devoção à Nossa Senhora do Desterro.

Sua construção faz parte da história e do processo de povoamento da ilha. Como de costume naquele tempo, era a partir da capela que as cidades iam se desenhando.

A igreja mais parecida como é hoje começou a ser construída em 1753 e concluída 20 anos depois, em 1773. De lá para cá, ou por algumas reformas que alteraram sua arquitetura e ampliaram seu espaço. Elevada à categoria de Catedral em 1908, tornou-se a sede da diocese de Florianópolis.

Seu acervo de arte sacra abriga a “Fuga para o Egito”, uma escultura de madeira esculpida a mão em tamanho natural que representa a fuga da Sagrada Família de Jerusalém. A obra é do artista Demetz Groeden, de Tirol – Áustria, e está na catedral desde 1902. A igreja também conta um órgão de tubos alemão e vitrais coloridos, feitos em São Paulo, em 1949.

5. Museu de Florianópolis 1e5s4z

O Museu de Florianópolis foi inaugurado em 23 de novembro de 2021 – Foto: Divulgação/NDO Museu de Florianópolis foi inaugurado em 23 de novembro de 2021 – Foto: Divulgação/ND

Ainda ao redor da Praça XV de Novembro, está outro prédio que deve entrar no seu roteiro histórico: a antiga Casa de Câmara e Cadeia. É uma das três construções mais antigas de Florianópolis. Foi erguida entre 1771 e 1780 para servir como Câmara de Vereadores, cadeia pública, além de abrigar o Tribunal, a Guarda Municipal e os juízes da cidade.

O prédio que hoje tem arquitetura eclética foi construído originalmente em estilo colonial. Em 1984 foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Município e desde 2021 é a casa do Museu de Florianópolis.

Além de ser um espaço de memória, que trata dos povos originários, da colonização e ocupação do território da capital, o museu é também um ambiente de reflexões sobre o nosso presente e o que será do futuro.

Seu grande diferencial é a tecnologia e a interatividade. Quase todos os espaços contam com telas possíveis de serem tocadas para o visitante selecionar o tema sobre o qual quer saber mais. Por exemplo, no espaço “Panorama” você pode conhecer sobre colonização, festas populares, revoluções, personagens, entre outras temáticas. Basta clicar na tela que fotos, vídeos e textos aparecerão como conteúdo daquele assunto.

Temas contemporâneos também são abordados no museu. Empoderamento feminino, plano diretor da cidade, especulação imobiliária, ecossistemas, economia criativa são temas abordados na sala “Florianópolis, Presente e Futuro”. A relação da cidade com as águas também é representada por meio de uma grande projeção em sala escura que te faz sentir em alto mar.

Ao lado da escadaria que leva ao piso superior, as paredes estão todas decoradas com expressões que fazem parte do vocabulário manezinho. “Segue toda vida reto”, “Istepô”, “Moquirido”, “Tax tolo?”. Não sabe o que essas expressões significam? O museu ajuda a entender, explicando em texto cada uma delas.

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