Um levantamento solicitado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), e divulgado na última semana, identificou que 100 dos 295 municípios de Santa Catarina estão suscetíveis a inundações e deslizamentos. No entanto, 13 deles não contam com uma Defesa Civil municipal formalizada.
São Miguel do Oeste é o município mais populoso na lista de cidades com áreas de risco, mas sem Defesa Civil formalizada- Foto: Prefeitura de São Miguel do Oeste/Divulgação/NDSão eles: São Miguel do Oeste, Braço do Norte, Santa Cecília, Jacinto Machado, Maracajá, Romelândia, Nova Itaberaba, Caxambu do Sul, Calmon, Urupema, Arvoredo, Frei Rogério e Paial. As cidades estão distribuídas em todas as microrregiões de Santa Catarina.
Considerando o contingente humano em todas os municípios listados, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há mais de 123 mil pessoas que não são assistidas por uma Defesa Civil municipal consolidado.
As taxas de habitantes em cada município oscilam entre 40.868 – como o registrado em São Miguel do Oeste – a 1.474, número de moradores de Paial. Ambas estão localizadas no Oeste do Estado.
A reportagem encaminhou questionamentos para a Defesa Civil de Santa Catarina, mas não obteve retorno do órgão até o fechamento da reportagem.
SC tem 3 mil áreas de riscos 1wl4m
Ao todo, Santa Catarina soma 3 mil áreas de risco em 100 cidades, indica o levantamento solicitado pelo conselheiro José Nei Ascari, relator dos processos relacionados ao meio ambiente, ocupação do solo e prevenção de desastres e vice-presidente do TCE/SC. As demais 77 cidades contam com órgão municipal de proteção consolidado.
Fortemente castigada pelas chuvas que atingiram o Estado no fim de 2023, a região do Alto Vale do Itajaí figura na lista com os municípios de Taió, Ituporanga, José Boiteux, Presidente Getúlio, Rio do Campo e Vidal Ramos.
Levantamento de municípios catarinenses com áreas de risco de deslizamentos e inundações – Foto: TCE-SC/Reprodução/ND
