Em 21 de agosto de 1965 a cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, registrou um momento histórico: a neve. O fenômeno cobriu os topos de casas e árvores e foi registrado e eternizado em fotografias. Santa Catarina está prestes a viver uma onda de frio extremo como há 66 anos não se vê e o ND+ resgatou esse momento na história da cidade.

Já nas primeiras horas da manhã daquele dia 21 de agosto, pela janela, era possível ver que caía uma neve bem fina. A família Marafon começava as movimentações do dia e presenciava a chegada da neve.
Às 8h da manhã, empolgados, Lecy, Marli e Olga, junto das crianças Ricardo e Leandro, foram até o Centro da cidade para apreciar o momento quase mágico, que foi eternizado em uma fotografia.
Quase 56 anos depois a lembrança daquele dia ainda está fresca na memória. O Centro estava cheio de olhos curiosos e empolgados. As crianças da família estavam muito felizes. Leandro Marafon, que tinha 7 anos na época, relembra com carinho o momento em que a foto foi tirada.
“Me recordo que no dia anterior choveu muito e estava muito frio também. Na madrugada começou a nevar e no dia seguinte saímos para olhar a cidade. Nesta foto, o lugar é onde hoje é a casa da família Tozzo”.

Em 2013, 48 anos depois da nevada histórica, os chapecoenses viveram um pequeno momento em que puderam ver neve na cidade outra vez. Porém, foi rápido e sem acúmulo.
Em 2021, uma forte massa de ar polar se desloca pela rota de Santa Catarina. A previsão de neve é remota para Chapecó, mas outros 12 municípios de Santa Catarina, entre eles alguns na região Oeste, poderão contemplar o fenômeno climático aguardado por muitos turistas.
Frio extremo 3p62j
O Estado deve registrar, a partir desta quarta-feira (28), a maior onda frio desde 1955, com relação às mínimas, correndo o risco de registrar congelamentos e prejuízos.
“Extraordinária onda de frio. É muito mais forte do que qualquer outra que teve. Mantendo as projeções, o frio trará prejuízos à agricultura e às pessoas, podendo até ter congelamento de água”, informou o meteorologista Ronaldo Coutinho.
O frio intenso também trará riscos de hipotermia para pessoas com situação de exposição elevada ao frio, como moradores de rua, e animais de criação e estimação. “Na região da Serra Catarinense as máximas podem oscilar entre 0 e 3° e mínimas entre -7 e -10°C”.