“Eu estava sentada assistindo televisão e ouvi barulhos. Pelo reflexo da luz na parede da empresa ao lado, vi que ela estava pulando no sofá. Quando olhei de novo ela estava em pé, caminhando no parapeito da janela da sala. De repente, só vi o vulto dela caindo e o barulho do impacto no chão”.
O depoimento é da vizinha do 3º andar, uma jovem de 24 anos, que não quis se identificar. Ela presenciou o momento exato da queda da menina de cinco anos. A criança morreu após cair do 4º andar de um prédio na rua Rio de Janeiro, no Centro de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina.

A jovem foi a primeira a ver a menina após a queda que ocorreu por volta das 20h desta sexta-feira. A vizinha conta que ficou desesperada, mas ligou para o esposo que estava trabalha ao lado. “Foi terrível, nunca vi coisa igual. Eu desci as escadas correndo e meu esposo já estava no portão. Ligamos para os bombeiros e a polícia. Eles levaram uns vinte minutos para chegar”, lembra.
Segundo informações de testemunhas, a menina estava sozinha em casa e essa não havia sido a primeira vez. Inclusive, relataram aos policiais que já haviam visto a menina sentada na janela outras vezes.

Após a queda, um dos moradores conseguiu contato com o padrasto da criança. Ele a mãe da menina chegaram quando os bombeiros estavam retirando a menina na maca. Conforme a PM (Polícia Militar), moradores estavam com os ânimos alterados em razão do acontecido. Alguns tentaram agredir o padrasto e os militares interviram.
À PM, a mãe, de 30 anos, e o padrasto, de 21, teriam dito que foram ao supermercado e levaram cerca de vinte minutos para retornar. O padrasto afirmou que teria trancado uma janela e a outra tinha proteção. Relatou, ainda, que a ida ao mercado durou em torno de 20 minutos.

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O Corpo de Bombeiros Militar atendeu a menina que estava inconsciente. De acordo com o sargento Evandro Pedrotti, ela estava deitada de bruços para o chão com evidência de fratura cervical e corte no crânio. “Estava com ausência total de sinais vitais e pupilas dilatadas sem reação à luz”, acrescentou.
Logo após a avaliação, os bombeiros realizaram manobras de reanimação cardiopulmonar. O e do Samu foi acionado, que ajudou na condução da menina até o Hospital Materno Infantil. Durante o deslocamento, foram realizados seis ciclos de reanimação cardiopulmonar até a chegada ao hospital, onde foi confirmada a morte.
A criança foi identificada pelos bombeiros como Luna Victorique Zabatiero Carlota. A altura que a menina caiu é de aproximadamente 12 metros, conforme previsão da polícia, mas a informação deve ser confirmada somente após a perícia.
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O caso será investigado pela DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso), sob responsabilidade do delegado de Polícia Civil, Éder Matte. Segundo ele, foi instaurado Inquérito Policial para apurar todas as circunstâncias do caso. A Polícia Civil compareceu ao local a fim de buscar informações para esclarecer o caso, além de identificar testemunhas.
A Polícia Científica foi acionada e compareceu no local para realizar perícia. Aguarda-se os laudos da Polícia Científica e o IML (Instituto Médico Legal). “Todos os detalhes serão analisados e esclarecidos no decorrer das investigações que seguem durante a semana”. O prazo legal para conclusão do Inquérito Policial é de 30 dias.
O corpo da menina foi liberado no fim da manhã deste sábado e o velório ocorrerá durante a tarde.