O relatório final de 145 páginas da 1ª etapa de investigação do caso Jeff Machado foi entregue pela Polícia Civil e apresentado neste domingo (23) à Justiça. Ao ND+ a defesa do ator assassinado em 23 de janeiro deste ano, no Rio de Janeiro, há provas técnicas e testemunhais que conduzam a culpabilidade dos acusados, aponta doutor Jairo Magalhães, advogado da família.
Defesa aguarda apreciação do Ministério Público para que prisão preventiva seja decretada dos acusados indiciados neste domingo (23). – Vídeo: Jairo Magalhães/Divulgação/ND
Bruno Rodrigues e Jeander Braga foram indiciados pela investigação. A dupla está detida temporariamente, mas a defesa trabalha para que a prisão preventiva seja efetivada, “Vamos estar dando total apoio a esta família, que recebeu essa notícia como um alento. Mesmo que o Jeferson não estará mais entre nós, mas é uma resposta a família, a toda sociedade e a população de Santa Catarina”, diz o advogado.
Jeff Machado foi morto estrangulado com um fio telefônico. Somente após cinco meses do dia do crime, em 24 de maio, o ator foi encontrado dentro de um baú enterrado a dois metros de profundidade em um casebre em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.
A Polícia Civil considera Bruno Rodrigues o mentor do crime, ele tem ao menos 8 acusações: homicídio triplamente qualificado por motivo fútil, asfixia e ato com impossibilidade de defesa da vítima; ocultação de cadáver; estelionato e tentativa de estelionato; furto; invasão de dispositivo informático; maus-tratos a animais e falsa identidade.
Estelionato, promessas e morte cruel 4eb2f
Bruno Rodrigues teria prometido a Jeff um papel em uma novela. A vítima fez um pagamento em torno de R$25 mil reais ao suposto produtor. O ator percebeu que estaria sendo enganado, este foi o momento em que Bruno teria premeditado a morte do artista catarinense.
De acordo com a DDPA (Delegacia de Descoberta de Paradeiros), Bruno também se ou por Jeff em contato com a família, após o assassinato, utilizou o cartão de crédito da vítima em um valor de aproximadamente R$7 mil reais, e ainda, dopou os 8 cães de estimação da vítima. Os animais chegaram a ser colocados em um local sem ventilação e insalubre, dentro de um centro espírita no bairro Palmares, em Santa Cruz.
Jorge Augusto é o terceiro nome apontado pela polícia, suspeito de emprestar o espaço para alocar os animais. O inquérito foi encaminhado a Justiça pela investigação.