
Na manhã desta terça-feira (3), uma operação da PCERJ (Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro) teve como alvo um grupo suspeito de lavar mais de R$ 250 milhões para o Comando Vermelho. Entre os investigados está a produtora Leleco Produções.
Segundo os investigadores, a empresa e seu responsável seriam destinatários diretos de recursos enviados por operadores da facção, usados para ocultar a origem ilícita do dinheiro proveniente do tráfico de drogas e da compra de armamentos.
A reportagem do ND Mais procurou a Leleco Produções, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
Esquema de lavagem de dinheiro envolvia traficantes do Complexo do Alemão e procurado pelo FBI 3s611s
A investigação identificou que um dos responsáveis pelo envio dos valores é um segurança de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, chefe do Comando Vermelho no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.
Outro nome citado é o de um operador financeiro da facção, procurado pelo FBI, suspeito de também movimentar recursos para o grupo terrorista Al-Qaeda.

Segundo a Polícia Civil, o núcleo financeiro do Comando Vermelho movimentou mais de R$ 250 milhões, oriundos do tráfico e da aquisição de armamentos. Os mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Philip Gregório da Silva, conhecido como “Professor”, apontado como líder financeiro da facção, foi morto no último domingo (1º). Mesmo após sua morte, as investigações seguiram com foco no desdobramento do esquema, cuja origem é contestada por membros da própria organização criminosa.

A influenciadora digital Viviane Noronha, esposa do funkeiro MC Poze do Rodo, também é alvo da investigação. Segundo a polícia, valores provenientes do tráfico teriam sido transferidos para contas bancárias da influenciadora, como parte do esquema de lavagem de dinheiro.