Três dias após o incêndio que matou Mauriceia Estraich, de 22 anos, a PC (Polícia Civil) informou que as investigações indicam que se trata de um crime. A casa onde ela estava foi atingida pelo fogo e a jovem morreu carbonizada na manhã de domingo (28) no município de Descanso, no Extremo-Oeste de Santa Catarina.

Mauriceia morava com o companheiro, mas estava sozinha no imóvel quando o fogo iniciou, conforme já apurou a investigação. A casa de madeira de aproximadamente 60 m² pertencia ao pai dela, Ermindo Antônio Estraich.
Ainda no domingo, dia do incêndio, a polícia ouviu sete pessoas próximas de Mauriceia. Segundo o delegado da Polícia Civil, Cléverson Luis Müller, um exame preliminar apontou marcas suspeitas no corpo da jovem, o que intrigou a investigação e levantou a hipótese de feminicídio. “A jovem respirou fumaça, o que demonstra que estava viva no momento do incêndio”, disse o delegado.
Depoimento diferente 1e4y2i
Das sete pessoas já ouvidas pela Polícia Civil, um homem deu afirmações controversas aos demais depoimentos, o que chamou a atenção da investigação. No domingo, ele acabou detido por falso testemunho. Já na segunda-feira (29), foi preso temporariamente por suspeita de participação na morte da jovem. A relação deles, tão pouco a identidade do homem, não foram informadas pelo delegado.

“Há provas de que ele esteve na casa de Mauriceia antes do início do incêndio. Os dois cachorros da vítima também estavam do lado de fora e eles permaneciam dentro da casa no período da noite. Isso reforça a tese de que em algum momento essa porta foi aberta antes do incêndio”, informou o delegado.
O suspeito, que tinha conhecimento de que a jovem estava sozinha em casa, negou à polícia qualquer participação no caso. A investigação também não descarta o envolvimento de outras pessoas na ação.
Corpo será analisado 4e204c
O corpo de Mauriceia deve ar por uma análise no Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, em São Miguel do Oeste, com objetivo de identificar possíveis fraturas ou indícios de uma eventual agressão.
Como o caso ainda é recente, a polícia não descarta outra tese criminal, pois continua a elaboração do inquérito policial, que deve ser concluído em um prazo de 30 dias, mas pode ser prorrogado.