A Polícia Civil vai indiciar o ex-companheiro de Elaine Modesto da Cruz por feminicídio. A jogadora de futebol foi morta a tiros aos 23 anos na noite de 21 de julho, na região Continental de Florianópolis.

A informação foi reada pelo delegado Ênio de Oliveira Mattos, da Delegacia de Homicídios da Capital.
De acordo com Mattos, estava previsto que o ex-companheiro da jovem se apresentasse à polícia nesta segunda-feira (2). Porém, até o momento, ele não compareceu à delegacia. Mesmo assim, o delegado confirmou o indiciamento do rapaz de 24 anos.
O inquérito policial, segundo o delegado, está em sua reta final. A polícia fará novas diligências e aguarda o resultado de laudos. O delegado, no entanto, não deu detalhes da investigação.
Protesto por justiça 631a38
Um pedido de justiça parou a avenida Beira-Mar Norte na manhã do último domingo (1º). O protesto foi organizado por amigos e familiares de Elaine. Os participantes exibiram faixas e cartazes com os dizeres: “quem ama não maltrata, não humilha, não mata”.
A jovem atuava como zagueira no time amador Fanáticas Futebol Clube e deixou saudades aos colegas de grupo.
“Era uma menina dedicada. Nunca faltou aos treinos e festivais. Menina feliz, educada, honesta e trabalhadeira. Teve a vida tirada. Não podemos mais aturar isso”, afirmou Moisés da Costa, treinador da equipe, durante a manifestação.
Relembre o caso 5kmc
Elaine foi morta quando visitava a mãe na região Continental da Capital. Segundo a polícia, o ex-companheiro teria enviado uma mensagem pedindo para que a jovem o encontrasse em frente a uma igreja, no bairro Vila Aparecida.
Chegando lá, ele efetuou cinco disparos que atingiram Elaine no peito. Depois disso, ele fugiu. Ainda de acordo com a polícia, o casal teria terminado o relacionamento há pouco tempo. O homem não aceitava o rompimento.
Elaine era natural de Florianópolis e a caçula de sete irmãos. Para a família, é difícil acreditar que o crime aconteceu.
“A gente jamais imaginou que fosse acontecer isso até porque ele mesmo falava para a família que jamais faria algum mal para ela. Porque ela tinha ajudado ele. Ele tinha a confiança da família. Nunca imaginamos que ele fosse chegar ao absurdo de tirar a vida dela”, disse Sarajane Rodrigues dos Santos, prima de Elaine, durante o protesto do último domingo.