A Polícia Civil do Paraná divulgou novas informações sobre o assassinato da catarinense natural de Lontras, no Vale do Itajaí Ana Paula Campestrini, de 39 anos, executada com 14 tiros há uma semana quando chegava em casa em Curitiba (PR).
Segundo a delegada responsável pelas investigações Tathiana Guzella, o homem acusado de atirar em Ana Paula recebeu R$ 38 mil pelo crime.

Wagner Cardeal Oganauskas, ex-marido de Ana Paula, e Marcos Antônio Ramon, estão presos suspeitos de serem, respectivamente, o mandante e o executor do crime.
Em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, a delegada revelou que Ramon recebeu o pagamento do ex-marido da vítima por meio de transferências bancárias feitas em abril, em uma manobra que teria como objetivo dificultar as investigações.
Segundo Guzella, Wagner teria feito um depósito na conta do clube onde ele era presidente e Ramon era diretor-financeiro. Pouco tempo depois, o advogado entrou em contato com a tesoureira do clube e disse que o depósito havia sido feito por engano, mas que ela não deveria devolver o valor para ele e sim transferir para a conta de Ramon.
A conta de Ramon teria recebido duas transferências no dia 12 de abril: uma de R$ 20 mil e outra de R$ 18 mil. No dia seguinte, ele teria comprado uma motocicleta no valor de R$ 23 mil utilizando o dinheiro recebido como pagamento pela morte de Ana Paula, conforme as investigações.
Dinâmica do crime e câmeras desligadas 6b145g
A delegada Tathiana Guzella também explicou como teria sido a dinâmica do crime. Segundo a polícia, um dia antes do assassinato Marcos Antônio Ramon teria ido até o clube onde ele e Wagner atuavam, que fica no bairro Cristo Rei, e desligado as câmeras de segurança.
No dia seguinte, Ana Paula Campestrini foi ao clube com o objetivo de fazer uma carteirinha de o para poder ver os filhos, já que a guarda era um dos motivos da briga judicial entre ela e o ex-marido Wagner Oganauskas.
Apesar de não ter as imagens das câmeras do clube, a polícia conseguiu imagens de locais no entorno que mostram Ana Paula chegando ao clube, saindo e sendo perseguida pelo atirador até a chegada ao portão do condomínio, onde foi executada.
As imagens coletadas pela polícia também desmontaram o álibi de Ramon, que teria dito em depoimento que, no dia do crime, só saiu de casa para ir ao clube com carro de aplicativo. Porém, as gravações mostram que ele foi ao clube, voltou para casa e depois voltou novamente ao clube, com as mesmas roupas que estava no registro da execução, onde ficou aguardando a saída de Ana Paula.
“Já conseguiu se provar com as imagens alcançadas na via do lado da casa desse atirador que ele saiu com a mesma moto, mesma jaqueta, mesmas vestes, mesmo capacete, foi até o (clube) Morgenau e lá ficou esperando a vítima sair para persegui-la”, afirma Guzella.
Recompensa 575870
As investigações ainda não localizaram a arma usada no crime e a moto que teria sido usada por Marcos Antônio Ramon para perseguir Ana Paula Campestrini.
A delegada Tathiana Guzella divulgou que uma recompensa de R$ 5 mil reais está sendo oferecida a quem der informações que ajudem a localizar a motocicleta usada no crime. Segundo a delegada, a moto é uma BMS 180 – BULL MOTORS, um modelo raro com poucas unidades no Paraná e que está sem placa e sem o espelho retrovisor esquerdo.
A polícia acredita que a moto esteja escondida em Curitiba ou na região metropolitana e divulgou imagens do veículo em um barracão que seria do clube, quando estava na posse do suspeito de ter matado Ana Paula.

*Com informações do portal Ric Mais e do Balanço Geral Curitiba.