A PCSC (Polícia Civil de Santa Catarina), com apoio da PCCE (Polícia Civil do Estado do Ceará), deflagrou a terceira fase da operação “Falso Advogado” nesta quinta-feira (22). A ação tem como alvo uma organização criminosa cearense que aplicava golpes em vítimas de Santa Catarina.
Nessa investigação foram feitas mais de 30 vítimas, com prejuízo que ultraa 300 mil.

De acordo com a Polícia, ao todo foram cumpridos 57 mandados de busca e apreensão em alvos localizados na Região Metropolitana de Fortaleza para identificar e colher provas de organização criminosa que, se ando por advogados, entravam em contato com vítimas no Estado de Santa Catarina.
A OAB/SC (Ordem dos Advogados do Brasil Santa Catarina), que fez o pedido para a 3ª fase desta operação, informou ao portal ND Mais que já pediu ao governador do Estado a criação de departamentos especializadas em estelionatos e crimes virtuais nas três maiores cidades de Santa Catarina. O pedido está aguardando a do governador em decreto.

Como funcionava o golpe do falso advogado? a1s
Segundo Leonardo Silva, titular da Delegacia de Defraudações da PCSC, os golpistas avam dados públicos para contatar as vítimas, prometendo resolver processos judiciais mediante pagamento.
Após receberem o dinheiro, os falsos advogados desapareciam, deixando as vítimas no prejuízo. Uma delas chegou a perder R$ 50 mil.
Além de Santa Catarina, foram registradas vítimas em outros estados. Até o momento, 51 mandados foram cumpridos e 33 alvos localizados. O material apreendido, incluindo celulares e documentos, será enviado para perícia.
O próximo o da operação é identificar mais pessoas envolvidas. Leonardo Silva destacou a busca pelo responsável pelo recrutamento das pessoas que emprestavam suas contas para receber os valores.
Operação Falso Advogado 1c4q4n
A investigação teve início em 2020, após o Núcleo de Inteligência do TJSC (Tribunal de Justiça de Santa Catarina) identificar as atividades criminosas. Nas fases anteriores, foram identificadas vítimas em diversos estados, com prejuízos significativos.
A diretora do Departamento de Polícia Judiciária Especializada, Ruth Benevides, ressaltou a engenharia social utilizada pelos golpistas para tornar seus documentos convincentes. Para Daniel Regis, diretor da Delegacia de Defraudações da PCSC, a distância entre os estados contribuiu para o alto número de vítimas em Santa Catarina.
A operação “Falso Advogado” evidencia a necessidade contínua de combate às organizações criminosas que se aproveitam da vulnerabilidade das vítimas.