A Polícia Civil segue realizando investigações relacionadas ao caso que ficou conhecido como Marmitagate em Santa Catarina. Em conversa com a reportagem do ND+ nesta terça-feira (11), o delegado responsável pelo caso confirmou que um dos perfis expostos no dossiê divulgado nas redes sociais é falso.

Ainda de acordo com o delegado Felipe Orsi, as investigações seguem analisando a documentação apresentada por uma das coordenadoras e a previsão é de que até o final de outubro o inquérito seja concluído.
Apesar de confirmar que o perfil conhecido como sendo de Taynara Motta é falso, o delegado não informou quem istrava a rede social.
Relembre a história 1u5w3j
O termo “Marmitagate” – que faz alusão ao escândalo de Watergate – se tornou um dos assuntos mais falados na internet no final de setembro. No centro da história estava o projeto beneficente que visava distribuir marmitas, mas que acabou se tornando alvo de investigação da polícia.
Tudo começou no dia 18 de setembro, quando um grupo anônimo e autônomo especializado em pesquisas de dados públicos na internet expôs uma série de informações que levantaram suspeitas em relação a atuação do projeto Alimentando Necessidades em Blumenau e região.
Na espécie de dossiê, o grupo apontou várias falhas nas histórias contadas, principalmente pelo perfil de Taynara Motta, que dizia ser coordenadora do projeto.
Perfil chama a atenção g114g
O perfil começou a atrair olhares na internet quando publicou um relato de um suposto estupro sofrido. A história foi contada na Twitter, mas o que chamou a atenção dos usuários da rede social foi que ao final do relato, a jovem deixou os dados bancários do projeto, a fim de angariar doações.

Após a repercussão da história, o grupo percebeu que o perfil da moça não possuía nenhuma informação pessoal sobre ela. O grupo que fez a exposição dos fatos ainda descobriu que nem a foto usada no perfil era original. A imagem utilizada pela mulher foi encontrada no Pinterest e a real dona possuía um nome totalmente diferente do utilizado pela coordenadora do projeto.
A reportagem foi checar a existência do perfil e verificou que ele seguia ativo. A imagem utilizada, no entanto, é a de uma cena de um filme e não há atividades desde 23 de setembro, dias após o dossiê ser publicado.
Polícia ouve coordenadora do projeto 3d5v2o
No início de outubro a jovem Maria Eduarda Poleza fundadora do projeto, prestou depoimento à polícia civil. Para o delegado, a jovem afirmou que o projeto de fato existia e apresentou extratos bancários que demonstravam movimentação na conta relacionada ao projeto beneficente.
Mais de 10 boletins de ocorrência foram registrados contra o projeto desde que as informações foram expostas. A polícia agora segue com o inquérito e analisa os documentos apresentados pela coordenadora.