A família de Jéssica Bullock quebrou o silêncio e falou sobre a morte da jovem de 23 anos e também do bebê de apenas três meses. Na noite desta quarta-feira (27) o pai, a mãe e a irmã de Jéssica receberam a reportagem da NDTV e, pela primeira vez, falaram sobre o crime bárbaro.

Abalados, os familiares contaram sobre o relacionamento da jovem com Kelber Henrique Pereira e também relembraram as últimas horas dela com a família. Amanda Ballock, irmã de Jéssica, contou que o suspeito chegou a mandar mensagem para os familiares após matar a mulher e o filho.
Amanda relembra que a família esteve reunida no sábado (23) e no domingo (24), os homens haviam combinado de jogar bola, o que fez com que a família fosse até a casa de Jéssica. “A gente foi até a casa deles e buzinou, ligou, mas não atenderam. Aí de noite ele mandou uma mensagem dizendo que não tinham ido jogar bola pois estava muito cansados, sendo que ele já tinha matado ela”, relata.
As últimas horas de Jéssica 121v60
Amanda detalhou como foram as últimas horas de convivência com a irmã e, bastante emocionada, relembrou ter pego o sobrinho no colo. “Eu fiz o Théozinho dormir horas antes dele ser assassinado”, falou antes de cair no choro.
A irmã lembrou ainda que o sábado em família foi bastante agradável e que todos estavam felizes e celebrando que em breve descobririam o sexo do seu filho. Jéssica seria madrinha e, segundo a irmã, estava radiante por ter o primeiro afilhado.
Conforme ela, a família ou o dia reunida. Durante a tarde foram com as crianças em um dos clubes de caça e tiro na região e a noite fizeram um churrasco para comemorar a descoberta do sexo do bebê.
Briga na madrugada 3bc38
Já em casa, o relato é que Kelber e Jéssica discutiram e a briga chegou a ser ouvida pelos vizinhos durante a madrugada de sábado para domingo. A informação foi dada ao pai de Jéssica, Rogério Ballock. “As pessoas que moram lá relataram muito barulho, muita briga na madrugada”, explica.
Questionado sobre o vídeo de Kelber, em que ele ite ter bebido, Rogério lembra que o genro consumiu apenas três latas de cerveja. “Foi o máximo que ele tomou. O que fez ele fazer isso foi a droga. A cocaína”, concluiu.

Idas e vindas do casal 574756
Marcileia Ballock, mãe da vítima, deu detalhes sobre o relacionamento do casal. Conforme ela, eles ficaram pouco mais de quatro anos juntos. Jéssica amava Kelber e parecia não querer ouvir o que a família dizia sobre o rapaz. “Ela soube de traições dele. Mas sempre perdoou e voltou”, relembra Marcileia.
A mulher conta ainda que a filha sempre falava em perdão e que acreditava no melhor do homem. “Na cabeça dela, ela acreditava que ele ia mudar”, afirma.
E, por cento momento, ele mudou. A mãe de Jéssica explica que ultimamente Kelber estava em um emprego fixo e o casal convivia de forma tranquila com o restante da família. Mas nem sempre foi assim.
Relacionamento conturbado 1h6i5
A mulher lembra que por algumas vezes o casal precisou recorrer à família de Jéssica por conta de dificuldades financeiras. Ela conta que os dois chegaram a morar com eles por mais de uma vez, mas sempre acabavam saindo, geralmente por problemas de relacionamento entre eles e o genro.
“(Ele) Morava com a gente e aprontava. Roubava, saía de casa e depois se fazia de vítima e voltava.”, explica Marcileia. Por conta dessa relação conturbada, a família chegou a ficar meses sem falar com a filha. “Eles ficavam um tempo fora. Aí avam dificuldade e ele botava a Jéssica a falar comigo. A gente ficava com pena e trazia de volta”, contou.
Família destruída 63s45
Marcileia relembra que mesmo com todas as coisas que Kelber aprontou para Jéssica, a jovem sempre o aceitava de volta e pregava pelo perdão. A família, religiosa, também falou sobre o perdão.
“Frequentamos a igreja e sabemos que temos que perdoar. Mas ele tem que pedir perdão para Deus. No momento, pra gente, não tem perdão. Não vou perdoar o que ele fez. Ele destruiu a minha família”, finaliza.
O sentimento é compartilhado por Rogério. Ainda muito abalado com a morte da filha, o homem relata estar sofrendo com problemas até para dormir. “(O Kelber) acabou com a minha vida, com meu trabalho. Acabou com todos nós. Não sei explicar o que eu estou sentindo e não sei quando vou esquecer essa imagem (da filha morta)” desabafa.
Busca pelo filho mais velho 594s5x
Os esforços dos familiares agora se concentram em buscar o filho mais velho de Jéssica, que foi levado por Kelber e atualmente está com os avós paternos, no interior de Minas Gerais.
“A gente quer que o nosso menino volte para casa. Para que a gente possa dar uma educação, para dar o amor. O amor que ele não vai ter mais da mãe dele”, diz Amanda, bastante emocionada.