Inteligência é o caminho da segurança do futuro 5o4b70

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Avanço tecnológico é aliado, mas também pode ser inimigo quando o assunto é proteção. Daqui pra frente, o desafio é otimizar e preparar a população e forças de segurança da forma mais eficaz

Baixa repressão, menos policiamento ostensivo e menor número de oficiais nas ruas. A princípio, pode parecer que esse é um cenário que trai nosso instinto de segurança, mas é para onde aponta o futuro das cidades mais desenvolvidas.

Desde o princípio da humanidade, a busca pela proteção é uma das maiores prioridades que regem e direcionam nossas decisões, medidas e políticas como sociedade.

A segurança pública, inclusive, é prevista pela Constituição Federal de 1988 como um dos direitos sociais que devem ser garantidos para toda a população. Porém, a segurança do futuro não será necessariamente da forma que estamos acostumados.

ILUSTRAÇÃO – Foto: FÁBIO ABREU/NDILUSTRAÇÃO – Foto: FÁBIO ABREU/ND

Nesse contexto, o avanço tecnológico pode ser um grande parceiro e facilitador da proteção dos moradores. Entre as tendências para os próximos anos, o investimento em câmeras de segurança e sensores de reconhecimento facial são recursos que devem se espalhar tanto na proteção individual da população quanto pelas forças de segurança das cidades e estados.

Além disso, diferentes conceitos devem ganhar espaço nas políticas de segurança pública. A “polícia cidadã”, trabalhando ao lado da população – e não em combate- é um dos caminhos indicados por especialistas da área, assim como o maior investimento em prevenção.

Isso significa priorizar a melhoria das condições de convivência da população para evitar a ‘criação’ de criminosos, como uma forma ainda mais eficaz do que a punição de um crime, como aumentar os tempos de pena ou a repressão policial, por exemplo.

Portanto, um dos principais desafios para as próximas décadas é o uso da tecnologia na segurança, que ao mesmo tempo em que é uma aliada, também abre portas para vários tipos de ‘novos’ crimes.

O período de restrições durante a pandemia da Covid-19 escancarou uma nova realidade: com menos pessoas nas ruas, os crimes ‘físicos’ diminuíram, mas foi observado um grande aumento de estelionatos e golpes virtuais, assim como o aumento da preocupação com o vazamento de dados.

Ou seja, a inteligência para lidar com os avanços tecnológicos em prol do nosso bem-estar e proteção será peça fundamental. Neste caderno, o Grupo ND busca entender para onde caminha a segurança do futuro consultas principais vozes do assunto para esclarecer essas e outras questões.