Guerra de Facções: entidades repudiam censura contra série sobre corrupção em Casa de Custódia 14406r

Emissora RICtv foi impedida judicialmente de exibir o último episódio de 'Guerra de Facções', série que aborda suposto esquema de corrupção envolvendo agentes públicos em São José dos Pinhais 32yu

Entidades relacionadas ao jornalismo, como o SindijorPR (Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná), Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), Aerp (Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná) e a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), emitiram nota de repúdio contra a censura imposta à RICtv, no Paraná, após exibição da série Guerra de Facções.

Guerra de Facções aborda um suposto esquema de corrupção envolvendo agentes públicos em Casa de Custódia‘Guerra de Facções’ aborda um suposto esquema de corrupção envolvendo agentes públicos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais – Foto: Reprodução/RICtv/ND

A emissora foi impedida judicialmente de exibir o último episódio de ‘Guerra de Facções’, série que aborda um suposto esquema de corrupção envolvendo agentes públicos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais.

No último episódio da série são apresentados os nomes de dois funcionários do Depen (Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná) que teriam sido corrompidos por um dos líderes de facção custodiados. Um deles, identificado na investigação como Marcos Silas, teria privilégios dentro do sistema prisional, conforme relatório interno de inteligência do Depen.

Segundo a emissora, os envolvidos recorreram judicialmente para que o episódio não fosse exibido, mesmo tendo recebido o direito de resposta sobre as acusações feitas em entrevistas.

Emissora RICtv foi impedida judicialmente de exibir o último episódio de ‘Guerra de Facções’, série que aborda um suposto esquema de corrupção – Foto: Reprodução/RICtv/NDEmissora RICtv foi impedida judicialmente de exibir o último episódio de ‘Guerra de Facções’, série que aborda um suposto esquema de corrupção – Foto: Reprodução/RICtv/ND

“A série ‘Guerra de Facções’, produzida com rigor jornalístico, expõe as complexidades do tráfico internacional de drogas, envolvendo investigações sérias sobre possíveis casos de corrupção.É inissível que o exercício legítimo do jornalismo seja cerceado, especialmente quando se trata de informar a população sobre questões tão relevantes para a sociedade paranaense”, publicou o Sindijor.

A FENAJ, por sua vez, considera que “qualquer tentativa para impedir ou o impedimento do trabalho jornalístico prejudica o o da população a informações de interesse público e fere a democracia”.

Para a Abraji, a constituição é muito clara sobre o assunto: “Não existe censura prévia no Brasil”. E afirmou ver “com muita preocupação essa decisão judicial que impede a RIC de publicar um conteúdo de interesse público”.

“Entendemos que a decisão judicial que proíbe a exibição de material atenta contra o direito constitucional de direito e livre exercício do trabalho jornalístico, e consequentemente contra o direito de informação da população”, pontuou a Aerp.

Sesp abre sindicância após série ‘Guerra de Facções’ da RICtv 4i1i5e

Segundo informou a RICtv, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná (SESP/PR) determinou a abertura de um  processo de investigação interna para apurar denúncias contra agentes do Depen, mesmo com a série não sendo exibida integralmente.

A apuração será conduzida pela Divisão de Inteligência do Estado, e a sindicância tem previsão de encerramento na última semana de maio.

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