
A Justiça do Rio decidiu, nesta quinta-feira (29), que o cantor MC Poze do Rodo vai continuar preso. Ele é investigado por apologia ao tráfico de drogas. Um vídeo de um show feito por ele na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi usado como parte das provas no inquérito que levou à prisão.
Segundo as investigações, o funkeiro realizava shows em áreas dominadas pela facção com a presença de pessoas armadas.
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O secretário de Polícia Civil do estado, Filipe Curi, disse que as músicas promovem a ideologia criminosa e enaltecem o uso de armas e drogas.
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No vídeo, um homem dança enquanto porta um fuzil, o apontando para o alto no ritmo da música. O artista canta a música do Tropa do General, que faz referências ao conflito entre as facções CV (Comando Vermelho), T (Terceiro Comando Puro) e ADA (Amigos dos Amigos).
O funkeiro foi preso no Recreio dos Bandeirantes, durante a madrugada, e encaminhado para o presídio de Benfica. Os policiais apreenderam um carro de luxo além das joias do artista.
Homem dança com fuzil em show do Mc Poze – Vídeo: Reprodução/Redes Sociais/ND
Para advogado, músicas de Poze são obras de ficção 352ch
O advogado Fernando Henrique Cardoso Neves, afirmou ao portal Leo Dias que o tratamento que o funkeiro recebeu em comparação com outras figuras que tiveram destaque na mídia por participarem de Is é totalmente dispare. O cantor afirmou sofrer perseguição e disse não haver provas contra ele.
“Parece que existem duas analises para se fazer acerca de perseguição. Uma acerca da pessoa física Marlon, e a outra em relação a pessoas negras que fazem parte de expressões artísticas tido como periféricas”, disse.

Fernando argumenta que a música é uma obra de ficção, e que associar sua obra a associações criminosas é o mesmo que apontar o escritor Steven Zaillian como nazista por ter feito a “A Lista de Schindler”.
“Se trata de uma peça de ficção, de uma personagem artística que não tem comparação com a realidade”, disse o advogado.
*Com informações de R7