
O grupo criminoso alvo da Operação Reação Adversa, deflagrada nesta segunda-feira (26) em Santa Catarina, vendia Ozempic falso, medicamentos abortivos e anabolizantes por meio de um perfil nas redes sociais. O que mais chamava a atenção de consumidores era o preço baixo dos produtos comparado aos valores praticados no mercado.
De acordo com a DLAV/DEIC (Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro), foram realizados sete mandados de busca e apreensão, uma prisão preventiva e duas prisões em flagrantes em Jaraguá do Sul, Canoinhas, Barra Velha e Catalão (GO).
Como grupo criminoso vendia Ozempic falso 3o4h5t
Por meio de uma conta no Instagram (@anabolitoral_), os criminosos vendiam produtos apontados como “originais e lacrados”. Da região do Vale do Itajaí, a loja ainda indicava marcas famosas que, supostamente, comercializava.
Em um story – foto temporária no Instagram -, obtido pela investigação, o grupo anunciava entregas de produtos em Barra Velha, Penha, Balneário Piçarras e Navegantes.
Segundo a investigação, no entanto, os criminosos compravam medicamentos vencidos, removiam as datas de validade reais e as adulteravam para datas ainda válidas.
Uma gráfica também participava do esquema e fabricava caixas idênticas às originais dos medicamentos adulterados, como o Ozempic. Em um computador do local ainda foram encontradas artes usadas para a produção dos materiais.
Remédios já prontos e substâncias para fabricação foram apreendidos durante ação nas três cidades catarinenses. Já um fornecedor também foi alvo da operação e preso na cidade de Catalão, em Goiás.
Como DLAV/DEIC descobriu ação criminosa 3r71s
A investigação iniciou após uma vítima sofrer complicações graves por usar o medicamento para emagrecer falsificado e precisar ser hospitalizada para receber tratamentos intensivos.
Busca por mais vítimas 9x3w
O delegado titular da DLAV, Jeferson Prado, pede para que as pessoas que adquiriram produtos com o grupo procurem uma delegacia da sua região para denunciarem o caso – e, possivelmente, entregarem os medicamentos para perícia.
Apreensão de veículos 1s
Com a operação, veículos de luxo e imóveis adquiridos com o lucro foram apreendidos e indisponibilizados para reparação às vítimas. Segundo a Polícia Civil, o crime tem pena prevista de 10 a 15 anos de reclusão. Os investigados ainda poderão responder por tentativa de homicídio com dolo eventual.
A ação contou com o apoio da Polícia Civil de Goiás, do Laboratório de Tecnologia em Lavagem de Dinheiro da DEIC e das DICs de Canoinhas e de Campos Novos.