Uma semana após a invasão ao estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, durante um treino do Figueirense, a Polícia Civil segue com as investigações, mas tem dificuldades em identificar as cerca de 40 pessoas que insultaram e até agrediram os jogadores do alvinegro.
A reportagem do nd+ entrou em contato com o delegado responsável pelas investigações, Paulo Hakim. Ele disse que as imagens das câmeras de segurança ainda estão sendo analisadas, mas explicou qual tem sido a dificuldade.
“Importante ressaltar que os invasores utilizavam máscaras e capuzes, o que torna a identificação dos envolvidos um processo não tão célere como gostaríamos”, explicou o delegado.

Técnico Elano diz ter visto pessoas armadas 49126t
Contratado pouco mais de uma semana antes do acontecimento, o técnico Elano também revelou que alguns dos invasores estavam com arma de fogo. Além disso, ele afirmou que os jogadores estão sendo “ameaçados” por bandidos.
“É só você olhar as redes sociais para ver que os jogadores estão sendo ameaçados”, respondeu Elano, ao ser questionado. Ele assegurou que, em nome dos jogadores, ninguém quer “enfrentamento” com os envolvidos, apenas buscam a paz para poder trabalhar.
Repercussão nacional 2z2e2x
O episódio ganhou repercussão nacional, principalmente depois do desabafo da nutricionista do Figueirense, Cíntia Carvalho, que afirmou em meio a lágrimas que alguns jogadores ficaram feridos.
Assim como Cíntia Carvalho, o goleiro Sidão também utilizou suas redes sociais para desabafar sobre o caso que considerou “inissível”, mas reiterou que não irá deixar o clube.
Dentro de campo, diversas equipes protestaram contra a violência no treino do Figueirense. Já nos jogos do último domingo (6), os jogadores ficaram de braços cruzados por 20 segundos após o chute inicial.
Relembre o caso: 6gt12
Os atletas do Figueirense seguiam seus treinos na manhã do último sábado (5) até a paralisação das atividades por conta da invasão de cerca de 40 pessoas ao estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
O grupo insultou e agrediu alguns jogadores. O caso resultou na abertura de um inquérito junto a Polícia Civil para apurar quem são os envolvidos.
O Figueirense fez um boletim de ocorrências assim que o episódio aconteceu. Os vídeos das câmeras de segurança que flagraram o momento da invasão também foram entregues aos policiais para ajudar nas investigações.
Ministério Público acompanha as investigações 6q6i3z
O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) informou na última terça-feira (8) que irá acompanhar as investigações sobre a invasão. Assim como também vai contar com o auxílio do CCO (Centro de Apoio Operacional do Consumidor).
O prazo legal para concluir as investigações é de 30 dias. No entanto, o delegado Paulo Hakim explicou que, caso necessário, as diligências poderão serem prorrogadas.
Em seguida, o inquérito será encaminhado à Promotoria de Justiça da área criminal, que avaliará as medidas a serem apuradas a partir da conclusão.
Caso fique comprovada a participação de integrantes de torcida organizada no ocorrido, eles poderão responder por atos ilícitos previstos no Estatuto de Defesa do Torcedor.