
A Ucrânia infiltrou dezenas de drones na Rússia neste domingo (1º) destruindo mais de 40 aviões após um ataque coordenado em áreas estratégicas do território russo.
O ataque foi planejado com pelo menos 18 meses de antecedência, com supervisão do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Os ataques aconteceram na véspera das negociações de paz entre Moscou e Kiev. As informações são do Estadão.
Como a Ucrânia infiltrou drones na Rússia? 286s1p
Neste domingo (1º) o presidente Volodymyr Zelensky informou que o exército ucraniano destruiu mais de 40 aviões bombardeiros estratégicos da Rússia.
O ataque aconteceu de maneira coordenada e articulada com 18 meses de antecedência. As autoridades do país consideraram a operação uma das mais complexas desde que a guerra entre Rússia e Ucrânia iniciou há três anos.
Ao todo, foram utilizados 117 drones, segundo informou Zelenski, em suas redes sociais. Os drones foram escondidos nas cabines de madeira, instaladas nos caminhões.
As cabines se abriam remotamente, permitindo, assim, que os drones conseguissem decolar em áreas muito próximas das bases aéreas.
Veja o ataque de drones ucranianos contra aviões russos 3v6t58
Mais de 40 aviões russos foram destruídos ou danificados no ataque. – Vídeo: Divulgação/ND
Quais áreas foram atingidas? 4o2c1g
As bases atingidas pelos drones ucranianos ficam nas seguintes regiões:
- Irkutsk;
- Murmansk;
- Ryazan;
- Ivanovo;
- Amur.
Entre as aeronaves russas atingidas, estariam bombardeiros estratégicos para o exército russo, como o Tu-95 e o Tu-22M3, e também aviões de alerta antecipado, como o A-50.

De acordo com o portal Sputnik Brasil, nas regiões de Ivanovo, Ryazan e Amur, todos os ataques foram repelidos pela Rússia. Os incêndios causados pela ofensiva também teriam sido extintos, e não há vítimas entre militares ou civis. A Rússia classificou a operação ucraniana como “ataques terroristas”.
Zelenski chegou a realizar uma declaração neste domingo (1º), via Telegram, em que agradeceu o Serviço de Segurança do país, especialmente o General Maliuk, que coordenava a operação, e os demais comandantes do exército.
O presidente da Ucrânia reforçou que essa operação trouxe um significado “absolutamente único” para o país, “Planejamento, organização, cada detalhe foi executado com perfeição”.
Ele revelou que agora pôde declarar publicaram que o “escritório” da operação ucraniana estava em território russo e ficava bem ao lado da sede da FSB (Serviço Federal de Segurança da Federação Russa), principal agência de segurança do país, sendo sucessora da KGB da União Soviética.
“No total, 117 drones foram utilizados na operação – com um número correspondente de operadores de drones envolvidos. 34% dos porta-mísseis de cruzeiro estratégicos estacionados em bases aéreas foram atingidos. Nosso pessoal operou em várias regiões russas – em três fusos horários diferentes. E as pessoas que nos ajudaram foram retiradas do território russo antes da operação; agora estão seguras. Glória à Ucrânia!”, disse o presidente Volodymyr Zelensky.
Segundo o portal Financial Times, o Serviço de Segurança da Ucrânia informou que o ataque causou mais de US$ 7 bilhões em danos e que pelo menos 30% dos porta-mísseis da Rússia teria sido atingidos.
Bombardeio Russo 4y2f65
Antes da operação ucraniana utilizando drones ser divulgada neste domingo (1º), já havia informações sobre outro ataque, desta vez vindo do exército russo, com o maior número de drones desde o início da invasão.
A Força Aérea Ucraniana relatou que seriam 472 drones russos lançados em seu país, e que mais cedo houve outro ataque de mísseis a uma unidade de treinamento. Nesse ataque, 12 pessoas morreram e 60 ficaram feridas.
Essa unidade de treinamento do exército ucraniano ficava atrás da linha de frente ativa, onde drones russos de reconhecimento e ataque conseguem chegar.
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Fim do possível acordo de paz entre Ucrânia e Rússia? 5f17i
Esses ataques, articulados dos dois lados, aconteceram na véspera de mais uma rodada de negociações de paz entre Moscou e Kiev, que aconteceria nesta segunda-feira (2), na Turquia.
*Com informações do Estadão, r7, Financial Times e Sputnik Brasil.