A Polícia Civil revelou que o corpo encontrado enterrado nesta quarta-feira (5), em Tubarão, no Sul de Santa Catarina, é de Jaqueline da Rosa de Oliveira, de 38 anos. A vítima estava desaparecida desde julho de 2022.

Segundo o delegado André Monteiro Crisostomo, o corpo de Jaqueline foi esquartejado, queimado e enterrado no quintal da casa, onde ela morava com o ex-marido, principal suspeito do crime.
Alvo de um mandado de prisão, ele foi preso nesta quarta-feira (5), em Laguna, onde estava morando com uma nova companheira.
De acordo com a polícia, Jaqueline já havia registrado, antes de desaparecer, um boletim de ocorrência contra ex-companheiro por violência doméstica.
Ex nega autoria 4u3l61
Conforme o delegado, durante o interrogatório, o suspeito negou a autoria do crime e onde estaria Jaqueline, porém, em determinado momento, “desabou emocionalmente” e indicou que sabia onde estava o corpo da ex.
No local apontado pelo suspeito: a casa alugada em que o ex-casal morava, os investigadores encontraram os restos mortais de Jaqueline. A suspeita é que a vítima foi morta e enterrada nos fundos da residência há cerca de dez meses.

Apesar de confessar a ocultação do corpo, o ex-marido negou que matou Jéssica. Segundo o suspeito, a vítima sofreu uma overdose enquanto os dois consumiam droga e morreu no local. “Desesperado”, teria ocultado o corpo.
A versão, porém, é contestada pela polícia por conta do estado em que o corpo foi encontrado: queimado e com sinais de esquartejamento, além do histórico de violência.
Para a Polícia Civil, não há dúvidas que se tratou de um feminicídio. Agora, a investigação aguarda o laudo cadavérico que deve apontar a possível causa da morte.
Relacionamento conturbado 1h6i5
Segundo Crisostomo, o casal era usuário de drogas e tinha um relacionamento conturbado.
Familiares da vítima também relataram que ela costumava desaparecer com frequência, mas não por tanto tempo.
Outro ponto que chamou a atenção dos investigadores é que, após o desaparecimento, o ex ou a utilizar uma fonte de renda de Jaqueline e, além disso, se internou, de maneira voluntária, em uma clinica de reabilitação.
Conforme os investigados, essa atitude costuma ser comum em pessoas que cometem atos extremos. O suspeito foi preso preventivamente e encaminhado ao Presídio de Tubarão.