O CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) apresenta, nesta quarta-feira (16), a partir das 9h30, o laudo que explica as causas da explosão de prédio em Jurerê, no dia 25 de maio, em Florianópolis. No incidente, uma moradora de 56 anos morreu soterrada.

Em coletiva de imprensa realizada no Centro de Pesquisa e Inovação do CBMSC, com transmissão pelo YouTube, os militares responsáveis pela perícia expõem o que foi analisado e apresentam a resposta sobre a ocorrência. O processo de busca e resgate na estrutura colapsada durou mais de 14 horas.
Participam da coletiva os capitães do CBMSC, Ismael Mateus Piva, chefe do setor de investigações do CBMSC e Fábio Fregapani Silva, que liderou a perícia pelo 1º Batalhão de Bombeiros Militar.
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Uma explosão em um prédio de dois andares, em Jurerê, no Norte da Ilha de Santa Catarina, mobilizou guarnições dos bombeiros na manhã do dia 25 de maio. Segundo moradores, a residência colapsou por volta das 8h30, afetando, inclusive, unidades vizinhas.
O edifício fica na rodovia Jornalista Maurício Sirostki Sobrinho, na região da praia de Canajurê. A principal suspeita é de que a explosão, que transformou a casa “em uma espécie de sanduíche”, tenha sido causada por um vazamento de gás. Dos 11 desabrigados, sete foram para um hotel com auxílio da prefeitura durante uma semana.
A moradora Helenita Pereira da Silva, de 56 anos, morreu soterrada após a explosão do prédio em que morava há pouco mais de 15 dias, no bairro Jurerê, em Florianópolis. Ela ficou presa sob os escombros e foi localizada após quase 12 horas de buscas, por volta de 22h30.
A perícia 1q1343
Segundo o chefe de perícia Fábio Fregapani Silva, havia irregularidades em todas as instalações de gás. Dos 320 m² do eficício, 270 m² foram atingidos. O prejuízo estimado é de R$ 742 mil. Não havia sistemas preventivos contra incêndio e pânico no local.
A zona de origem da explosão foi identificada como o lado mais próximo à edificação do bloco do lado direito, especificamente na região da cozinha e da sala do apartamento de baixo, onde a vítima de 56 anos estava.
Segundo as análises, uma boca do fogão estava acesa e a outra estava semiacesa, o que indica que ele estava sendo usado. Helenita Pereira da Silva foi encontrado ao lado do aparelho.
A válvula de segurança da mangueira não foi encontrada pelos peritos. Em algumas das quitinetes analisadas também não havia, o que “reforça a existência de instalações precárias”. Além disso, a validade da mangueira conectada ao fogão era até 2011 e deveria ter sido trocada há 10 anos.
A perícia do CBMSC concluiu que a origem da explosão foi a mangueira do fogão na quitinete onde a vítima morava, que estava rachada e vencida há 10 anos.