Um balanço feito pelo CBMSC (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina) apontou que as mortes por afogamento aumentaram em relação à última temporada no estado. Segundo os Bombeiros, foram 14 mortes, sendo 9 em água doce e 5 em água salgada.

A baixa movimentação na temporada de 20/21, devido ao aumento do casos de Covid-19, na época, influenciaram nos números. Em 20/21, quase 90% das mortes por afogamento foram de homens com idade média de 28 anos. Nesta temporada, a idade média das vítimas diminuiu para 27 anos.
Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Marcos Aurélio Barcelos, o público com mais registros de afogamentos com vítimas fatais são homens. “Homens principalmente entre 20 e 40 anos de idade. Na maioria deles, embriagados também. Isso acaba provocando até discussões e dificulta muito o trabalho dos guarda-vidas que estão lá na praia”, disse ele.
“Nós estamos vivendo uma temporada com uma certa dificuldade em razão da grande lotação nas praias de Santa Catarina. Isso faz com que o nosso trabalho tenha aumentado bastante, principalmente na área de prevenção. Nosso grande alerta hoje é para as pessoas respeitarem as orientações dos guarda-vidas e as sinalizações das praias. Estamos sentindo uma certa dificuldade, principalmente com pessoas embriagadas, que não aceitam as orientações e adentram em locais perigosos. Isso faz com que o risco de afogamento aumente dentro do estado”, explicou o comandante.
O coronel também comentou o número de mortes em água doce: “É extremamente importante as famílias estarem atentas às crianças principalmente, para que elas fiquem em locais rasos com acompanhamento e vigilância constante. Esse final de semana, nós tivemos um afogamento em piscina. Ou seja, alguns segundos de descuido já é o suficiente pra que ocorra uma tragédia. Nós também percebemos o pessoal do turismo de aventura fazendo trilhas ou até tentando fazer travessias a nado em locais perigosos”.
“É importante conhecer a região, saber os limites do nosso corpo, o quanto eu consigo nadar, como eu posso fazer, seguir as orientações. Na maior parte dos balneários catarinenses e no interior também, rios, lagoas, lagos, açudes, nós temos placas de indicação. Então, sigam as placas de orientação e evitem transformas as férias numa grande tragédia”, recomendou Barcelos.
Confira mais orientações na entrevista do Balanço Geral Florianópolis.