Saiba o que foi feito após 1 mês do rompimento do reservatório do Monte Cristo em Florianópolis 2t4xo

Presidente da Casan esteve ao vivo no SC no Ar, da NDTV, e comentou sobre o assunto; nesta sexta-feira (6) completou um mês do rompimento que deixou um lastro de prejuízos em Florianópolis

Há 30 dias acontecia o rompimento do reservatório da Casan (Companhia Catarinense de Água e Saneamento), no Monte Cristo, em Florianópolis. O rompimento deixou um rastro de destruição e impactou a vida de várias famílias moradoras da localidade. Um mês após a tragédia, nesta sexta-feira 6), o presidente da companhia, Edson Moritz, participou do SC no Ar, da NDTV e explicou ações realizadas e como está a situação das famílias.

Cenário no Monte Cristo na manhã do dia seguinte ao rompimento do reservatório – Foto: Valeska Loureiro/NDCenário no Monte Cristo na manhã do dia seguinte ao rompimento do reservatório – Foto: Valeska Loureiro/ND

Além disso, o presidente ainda destacou como está o andamento das vistorias dos reservatórios pelo Estado e a relação com a empresa responsável pela construção do reservatório que rompeu, no último dia 6 de setembro.

Situação das famílias atingidas pelo rompimento e o que já foi feito 2b1z5x

O presidente destacou que foram mobilizadas 300 pessoas da Casan para atender no local, logo que aconteceu o rompimento. Ainda reforçou que uma equipe composta por 50 pessoa continua com os atendimentos às vítimas, na Sede no Estreito.

Desastre com reservatório da Casan destruiu centenas de casas e carros – Foto: Leo Munhoz/NDDesastre com reservatório da Casan destruiu centenas de casas e carros – Foto: Leo Munhoz/ND

Segundo Moritz, a equipe da Casan calcula que 490 pessoas foram atingidas pelo rompimento, cerca de 250 famílias. “Demos um tratamento muito rápido, para poder acolher essas pessoas na medida do possível”, disse na entrevista.

O presidente ainda salientou a ajuda fornecida às famílias, logo nos primeiros dias que aconteceu o rompimento, como pagamento antecipado de indenizações. Conforme ele, em 30 dias, 158 pessoas tiveram a antecipação das indenizações feitas pela Casan.

Moritz destacou que a equipe teve dificuldade na formação de cadastro, bem como na identificação dos prejuízos. Contudo, disse que já foram indenizados, no período após o rompimento, 35 imóveis, 65 carros, e fornecido ajuda de aluguel para seis pessoas. Além disso, também foi feito pagamento de verba emergencial para as famílias. Em 30 dias, segundo o presidente, o valor gasto pela Casan foi de R$ 4,2 milhões.

“Demos apoio desde a primeira hora, com psicólogos, médicos. Contratamos uma clínica especializada no Estreito para poder atender durante toda a semana e até no sábado. Já foram 42 atendimentos”, explica.

Além disso, Moritz conta que foi instalada uma UTI na comunidade.

“Colocamos uma UTI da Unimed permanentemente na comunidade. Foram mais de 10 mil refeições, café da manhã, almoço, jantar, e isso permanece. Essa foi a ajuda que nós procuramos dar no primeiro momento e a ajuda continua”, disse.

Ações realizadas

  • Oferecido alimentação, alojamento, transporte;
  • Feito a limpeza das ruas e retiradas de carros;
  • Recuperação das ruas danificada pela água: foram recuperadas as ruas Professora Marieta Barbosa Vieira e Luiz Carlos Prestes, com a execução de 35 metros de lajota. A Companhia executa, no momento, a pavimentação de 130 metros de eio e a recuperação de 50m² de muro na comunidade;
  • Acompanhamento médico e psicológico;
  • 65 imóveis foram danificados pelo rompimento, sendo que sete precisaram ser demolidos e outros 58 tiveram danos parciais;
  • Veículos danificados — ao todo 87 veículos foram recolhidos no pátio do Almoxarifado Central. Desses, 78 tiveram perda total e 9 tiveram orçamento para manutenção. A Companhia informou que verifica o caso de outros 11 veículos que foram atingidos e não foram recolhidos para fazer o devido ressarcimento. Até o momento foram ressarcidos 57 veículos;
  • Adiantamento de ressarcimento;
  • Auxílio aluguel.

Como estão as vistorias pelo Estado 4z2z5b

O rompimento do reservatório em Monte Cristo acendeu um alerta no Estado. Conforme o presidente da Casan, em Santa Catarina, há 1080 reservatórios da Companhia. Ele informou que, após o ocorrido, editou três editais, um deles para descobrir o que havia acontecido com o reservatório que rompeu.

O presidente comentou que ainda solicitou que às equipes das superintendências da Casan realizassem vistorias nos reservatórios pelo Estado, em caráter de urgência.

“Recebemos os primeiros relatórios e não vimos nada, naquele momento, que pudéssemos nos preocupar a curto prazo. Se houvesse algum caso preocupante era para atuar imediatamente. Havia, em Criciúma, um reservatório, mas ele já estava fechado anteriormente a isso, portanto não haveria nenhum problema de dano”, contou.

Reservatório de água da Casan se rompeu e deixou estragos na região Continental de Florianópolis. – Foto: Ana Schoeller/Divulgação/NDReservatório de água da Casan se rompeu e deixou estragos na região Continental de Florianópolis. – Foto: Ana Schoeller/Divulgação/ND

Moritz ainda informou que foi montada uma comissão, composta por 10 engenheiros, que analisam a situação dos reservatórios e os entornos deles.

“Ontem (quinta-feira, dia 5) recebemos outro trabalho muito profundo, identificando o que podemos chamar de pontos críticos. Acabamos identificando, inclusive, que muitas questões — que não necessariamente são da Casan, mas dos entornos — onde há determinados reservatórios, com terrenos que não foram devidamente calçados com arrimos. Identificamos todos eles e estamos atuando de maneira forte”, destacou.

Questionado se a situação que aconteceu em Florianópolis poderia ocorrer em outros reservatórios, o presidente respondeu que não.

“Dessas avaliações que a gente fez internamente, não. Mas, além disso, estamos contratando uma perícia de terceiros para dar maior legitimidade a essa avaliação. Não há nenhum outro caso, nesse sentido. Aparentemente esse caso é um algo extraordinário. Já foi identificado como um erro de execução”, comentou.

Casan diz que ofereceu alimentação, alojamento e transporte - Leo Munhoz/ND
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Casan diz que ofereceu alimentação, alojamento e transporte - Leo Munhoz/ND
65 imóveis foram danificados pelo rompimento - Leo Munhoz/ND
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65 imóveis foram danificados pelo rompimento - Leo Munhoz/ND
87 veículos foram recolhidos no pátio do Almoxarifado Central. Desses, 78 tiveram perda total e 9 tiveram orçamento para manutenção - NDTV/Divulgação
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87 veículos foram recolhidos no pátio do Almoxarifado Central. Desses, 78 tiveram perda total e 9 tiveram orçamento para manutenção - NDTV/Divulgação
Em 30 dias, segundo o presidente, o valor gasto pela Casan foi de R$ 4,2 milhões - Leo Munhoz/ND
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Em 30 dias, segundo o presidente, o valor gasto pela Casan foi de R$ 4,2 milhões - Leo Munhoz/ND
Conforme a Casan, em 30 dias, 158 pessoas tiveram a antecipação das indenizações - Léo Munhoz/ND
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Conforme a Casan, em 30 dias, 158 pessoas tiveram a antecipação das indenizações - Léo Munhoz/ND
A equipe da Casan calcula que 490 pessoas foram atingidas pelo rompimento - Paulo Mueller/NDTV/Divulgação
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A equipe da Casan calcula que 490 pessoas foram atingidas pelo rompimento - Paulo Mueller/NDTV/Divulgação
Questionado se a situação que aconteceu em Florianópolis poderia ocorrer em outros reservatórios, o presidente respondeu que não - Daniela Ceccon/NDTV
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Questionado se a situação que aconteceu em Florianópolis poderia ocorrer em outros reservatórios, o presidente respondeu que não - Daniela Ceccon/NDTV

Diálogo quase nulo com a construtora 6b4t2k

Durante a entrevista ao SC no Ar, o presidente da Casan destacou que houve dificuldade de diálogo com a equipe da construtora, responsável pela construção do reservatório.

Ele disse que um dos proprietários esteve no local no dia do ocorrido, conversou com a polícia, mas depois foi embora.

“De lá para cá a empresa não teve contato com eles, só ofereceram uma máquina, um caminhão. Não há contato, não consegui falar com ninguém. A empresa não conseguiu falar com ninguém. Em uma audiência que teve na Assembleia manifestei exatamente isso”, diz.

Questionado se a situação que aconteceu em Florianópolis poderia ocorrer em outros reservatórios, o presidente respondeu que não. – Foto: Divulgação/Casan/NDQuestionado se a situação que aconteceu em Florianópolis poderia ocorrer em outros reservatórios, o presidente respondeu que não. – Foto: Divulgação/Casan/ND

Um dos sócios proprietários da construtora negou sumiço após rompimento de reservatório da Casan, como aponta matéria divulgada no último dia 28 de setembro.

“Estamos cientes do que aconteceu e procedendo dentro do que é possível fazer”, disse John Clovis Peiker, que atendeu uma ligação e conversou brevemente com a equipe do Grupo ND.

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