
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a Doença de Parkinson, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos. É considerada uma condição complexa e debilitante do sistema nervoso central, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pela deterioração progressiva das células cerebrais produtoras de dopamina, apresenta uma variedade de sintomas motores e não motores que impactam significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas vivam com a doença. Os sintomas motores, como lentidão nos movimentos, rigidez muscular e tremores de repouso, são os mais visíveis. Entretanto, outros fatores, como perda do olfato, distúrbios do sono e problemas digestivos, também contribuem para a complexidade da doença.
Segundo o neurocirurgião do Hospital Santa Catarina de Blumenau (HSC Blumenau), Dr. Humberto Kluge Schroeder, o diagnóstico é essencialmente clínico e se “baseia na história clínica do paciente e no exame neurológico para detectar os sinais característicos da doença. Embora não haja testes específicos, exames como ressonância ou cintilografia cerebral podem ser úteis para descartar outras condições”, explica.
Para muitos pacientes, o tratamento inicial envolve medicamentos que aumentam os níveis de dopamina no cérebro, ajudando a aliviar os sintomas motores. No entanto, à medida que a doença progride, a cirurgia pode ser uma opção, especialmente a estimulação cerebral profunda (DBS). “A estimulação cerebral profunda é uma opção poderosa, quando bem indicada, oferecendo aos pacientes autonomia e qualidade de vida”, completa o Dr. Humberto. Ele enfatiza a importância de uma abordagem multidisciplinar no tratamento, envolvendo neurologistas, neuropsicólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde.

Ao se preparar para concluir a segunda maratona de corrida, o empresário catarinense Adriel Ghizoni Rohling foi diagnosticado com Parkinson em 2018 no HSC Blumenau e destaca a importância do apoio familiar, da busca por tratamentos eficazes e da promoção da conscientização sobre a doença. ‘O dia do diagnóstico do Parkinson é sempre desafiador para todos’, compartilha. “Muitas vezes, as pessoas negam, não aceitam, entram em depressão. Uma mensagem que tenho é que não tenham vergonha, procurem ajuda, convivam com quem também tem o diagnóstico. A família é fundamental, assim como um cuidador atencioso.”
Pai de dois filhos, no ano ado, em 2023, Adriel teve a oportunidade de realizar um procedimento para corrigir tremores e sintomas do Parkinson no Hospital Santa Catarina de Blumenau. Ele destaca a importância de estar cercado por profissionais capacitados. “Para fazer o procedimento, é crucial estar cercado de profissionais competentes”, enfatiza o empresário. “A transparência do Dr. Humberto e da equipe me trouxeram tranquilidade. Não tive medo em nenhum momento, e os resultados foram fantásticos.”
Olhando para o futuro, Adriel reconhece o aumento previsto no número de casos de Parkinson e acredita na importância de fornecer informações e apoio. Cofundador da Associação Viva Parkinson, o empresário dedica-se a oferecer informações reais e de qualidade para pacientes e familiares.

Nesse caso, a divulgação científica com linguagem ível torna mais fácil compreender as nuances da condição. “É essencial fornecer informações corretas, especialmente em um momento tão delicado como o diagnóstico. É uma forma de trazer esperança e mostrar que o Parkinson não é uma sentença, mas sim algo com o qual podemos aprender a conviver”, enfatiza Adriel.
O neurocirurgião do HSC Blumenau explica que o Parkinson exige uma abordagem multidisciplinar. Assim, com a combinação de tratamentos e apoio adequado, pacientes como Adriel continuam a encontrar esperança e qualidade de vida mesmo diante dos desafios impostos pela doença de Parkinson.
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