As UTIs (Unidades de Pronto Atendimento) do 10º andar do Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, Litoral Norte de Santa Catarina, foram batizadas em homenagem ao médico Nelson Luiz Barichello, médico intensivista que morreu vítima da Covid-19 em 2020, após meses lutando para salvar pacientes da mesma doença.
Nelson Luiz Barichello foi intensivista no hospital Marieta, onde ajudou a salvar a vida de pacientes; ele morreu em 2020 – Foto: Reprodução/ND
O batismo foi feito nesta quarta-feira (7) com a presença da família e colegas de profissão do profissional, especialista em Nefrologia. A viúva, Juliana Barrichello, disse estar honrada e grata pela homenagem: “tão eterna quanto o exemplo dele”, destaca.
Os dois se conheceram no primeiro dia de Juliana como fisioterapeuta intensivista na UTI do hospital Marieta. “Qualquer pessoa que cruzasse seu caminho se apaixonava pelo ser humano que era, além de médico impecável que exercia sua profissão com a humanidade que vi em poucos médicos”, relembra.
A fisioterapeuta conta que muitas vidas foram salvas e tocadas pelo seu esposo, pai do seu filho e referência profissional. Nelson era especialista em Nefrologia, pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.
Professor inspirador 4t6y3i
UTIs 1 e 2, no 10º andar, homenageiam médico vítima da Covid-19 – Foto: Hospital Marieta/Divulgação/NDAlém de intensivista, Barrichello foi professor no curso de Medicina da Univali. “Essa homenagem eterniza a memória do médico e da pessoa que o Nelson foi e mantém viva a sua história e a lembrança na vida de cada pessoa que o conheceu. Espero que as futuras gerações de médicos que arem por aqui, possam, de alguma forma, ser influenciadas pelo seu legado”, finaliza.
Colega de profissão, o médico Diogo Machado, relembra como era a convivência no local de trabalho: “Tentar adjetivar a pessoa que o doutor Nelson foi não é uma tarefa difícil, pois todos os adjetivos de uma pessoa de bem ele possuía: generoso, atencioso, honesto, responsável, amoroso e alegre. Encontrar com ele no corredor do hospital ou na rua era sinônimo de felicidade, já que sempre tinha algumas palavras ou contava alguma história que deixava o nosso dia melhor. Com os pacientes não era diferente, sua experiência e empatia eram ímpares no cuidado com as pessoas”.
