O uso de vape causou um buraco no pulmão de uma adolescente de 17 anos, que quase morreu após hábito que ela achava ser ‘inofensivo’. Segundo especialistas, a paciente consumia por dia o equivalente a 57 cigarros por dia.

Uso de vape provocou bolha pulmonar 161i22
Kyla Blight, de 17 anos, começou a usar o vape – também conhecido como cigarro eletrônico – quando tinha apenas 15 anos. A informação foi publicada pelo jornal britânico The Sun.
Ainda naquela época Kyla vaporizava por achar hábito “inofensivo” e chegava a fazer quatro mil baforadas por semana – o equivalente a 400 cigarros convencionais.

O pesadelo começou aos 17 anos, quando Blight apresentou as consequências do consumo de vape. No dia 11 de maio ela foi levada ao hospital às pressas após ar mal.
“Ela estava na casa de uma amiga e recebi um telefonema às 4h informando que ela havia desmaiado e ficado azul”, relembra o pai Mark Blight.
A adolescente foi submetida a uma cirurgia de quase 6h para retirar uma parte do pulmão. Ao todo, foram duas semanas de internação depois do procedimento.

Segundo os médicos, Kyla apresentava uma bolha de ar na parte superior dos pulmões. O uso excessivo do vape, de acordo com os especialistas, foi o que causou o estouro e, consequentemente, o colapso dos órgãos dela.
“Estive no inferno e voltei com Kyla nas últimas semanas. Ela teve uma convulsão na mesa de operação”, desabafou o pai.
“Sinceramente, pensei que eles eram inofensivos e não fariam nada a ninguém. Mas agora não vou tocá-los”, confessou Kyla.
O pai da adolescente conta que foi “assustador” ver a situação da filha e que achou que a menina fosse morrer.

‘Ataque cardíaco’ 4r2z4f
Em novembro de 2023, Kyla deu entrada no hospital pela primeira vez depois de uma situação que o pai acreditava ser um ataque cardíaco.
Após um exame de raio-X, os médicos detectaram um buraco no pulmão dela. Em fevereiro deste ano outro laudo mostrou que a estudante estava curada.
Em maio ela ou mal novamente como consequência do vape.

“Quando eu tinha 15 anos isso começou a se tornar uma coisa popular. Todos os meus amigos estavam fazendo isso. Apenas pensei que seria inofensivo e que ficaria bem”.
Uma pesquisa publicada na revista científica World Journal of Oncology apontou que pessoas que utilizam o vape são diagnosticadas com câncer pelo menos 20 anos antes do que o público que consome os cigarros tradicionais.

Embora os componentes do vapor do cigarro eletrônico sejam diferentes dos cigarros de tabaco tradicionais, os estudos sugerem que o formaldeído, o acetaldeído e as espécies reativas de oxigênio estão presentes em concentrações suficientes para causar danos inflamatórios às vias aéreas e aos tecidos pulmonares.