Tipo sanguíneo é associado a risco 18% maior de derrame antes dos 60 anos; veja qual 46hq

Os pesquisadores verificaram que havia uma ligação entre o AVC precoce e a área do cromossomo que inclui o gene que determina o tipo sanguíneo A, AB, B ou O 5r6a5b

Nesta quarta-feira (31), a revista Neurology, da Associação Americana de Neurologia, publicou estudo que pessoas com determinados tipos sanguíneos têm mais risco de sofrer AVC (acidente vascular cerebral), popularmente conhecido como derrame, antes dos 60 anos.

O trabalho, chamado de meta-análise, incluiu 48 estudos que abordaram genética e acidente vascular isquêmico (o tipo mais comum) na América do Norte, Europa e Ásia. Os dados disponíveis eram de quase 600 mil pessoas, sendo 16,9 mil que haviam sofrido um AVC e outras 576,3 mil que não tiveram.

Pessoas com sangue tipo A têm 18% mais chances de sofrer um derrame antes dos 60 anos – Foto: Divulgação/NDPessoas com sangue tipo A têm 18% mais chances de sofrer um derrame antes dos 60 anos – Foto: Divulgação/ND

Dos 16,9 mil, cerca de 35% tiveram AVC de início precoce – antes dos 60 anos – enquanto o restante foi tardio, após essa idade. Os pesquisadores verificaram que havia uma ligação entre o AVC precoce e a área do cromossomo que inclui o gene que determina o tipo sanguíneo A, AB, B ou O.

Eles calibraram os dados para sexo e outros fatores de risco. Ao final, concluíram que pessoas com sangue tipo A têm 18% mais chances de sofrer um derrame antes dos 60 anos do que qualquer outro tipo sanguíneo.

Por outro lado, portadores de sangue tipo O tinham risco 12% menor de ter um acidente vascular cerebral antes dos 60 anos.

O tipo sanguíneo B também foi associado a um risco mais elevado de AVC precoce.

Quando observados os dados apenas dos indivíduos europeus, os autores do estudo descobriram o seguinte:

• O AVC precoce ocorreu em 48% dos que tinham sangue tipo A.

• Entre os que tinham sangue O, foram 35%.

O coinvestigador principal do estudo, Steven J. Kittner, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland (EUA), enfatiza, em comunicado, que o risco aumentado foi muito modesto e que aqueles com sangue tipo A não devem se preocupar em ter um AVC de início precoce ou fazer exames extras.

“Ainda não sabemos por que o tipo sanguíneo A confere um risco maior, mas provavelmente tem algo a ver com fatores de coagulação do sangue, como plaquetas e células que revestem os vasos sanguíneos, bem como outras proteínas circulantes, que desempenham um papel importante papel no desenvolvimento de coágulos sanguíneos”, anotou Steven.

Alguns estudos anteriores já apontavam que indivíduos com tipo sanguíneo A têm um risco ligeiramente maior de desenvolver trombose venosa nas pernas, condição provocada por coágulos.

Os mecanismos pelos quais essas pessoas também têm mais chances de sofrer um AVC precisam ser mais bem-estudados, segundo os próprios pesquisadores.

“Pesquisas futuras são necessárias para ajudar a desenvolver uma compreensão mais precisa de como o AVC se desenvolve. Isso pode levar a tratamentos preventivos direcionados para o AVC de início precoce, o que pode resultar em menos incapacidade durante os anos mais produtivos das pessoas”, afirmou em comunicado a pesquisadora Jennifer Juhl Majersik, da Universidade de Utah e membro da Academia Americana de Neurologia.

Acidente vascular cerebral 4w561f

O AVC isquêmico é o mais frequente e ocorre quando há o bloqueio de algum vaso sanguíneo do cérebro, impedindo o transporte de oxigênio para partes do órgão. Quando há rompimento do vaso, o AVC é chamado de hemorrágico – é também o tipo mais grave.

Embora o tipo sanguíneo tenha sido associado ao AVC isquêmico no estudo publicado hoje, há fatores de risco conhecidos para a doença que incluem pressão alta, colesterol elevado, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e uso de drogas, por exemplo.

Dados da Arpen Brasil (Associação de Registradores de Pessoas Naturais) mostram que somente no ano ado, 108 mil pessoas morreram no país vítima de AVC, um número ligeiramente maior do que os óbitos por infarto (103 mil).

O Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento lista os seguintes sintomas como principais do AVC:

• Súbita fraqueza ou paralisia de um lado do corpo (por exemplo, metade do rosto, um braço ou uma perna, ou um lado inteiro).

• Súbita perda de sensibilidade ou sensibilidade anormal em um lado do corpo.

• Dificuldade súbita em falar, incluindo dificuldade em achar as palavras e algumas vezes linguagem ininteligível.

• Confusão súbita, acompanhada de dificuldade em compreender a linguagem e em falar.

• Obscurecimento súbito, visão turva ou perda da visão, em particular em um olho.

• Tontura súbita ou perda de equilíbrio e coordenação, levando a quedas.

Pessoas que tiverem suspeita de um AVC precisam buscar atendimento médico com urgência, pois quanto mais tempo demorar, maior é o risco de sequelas e morte.

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