Durante reunião virtual promovida pela Comissão da Saúde da Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), o diretor de estratégias institucionais do Instituto Butantan, Dr. Raul Machado Neto, afirmou que a vacina chinesa contra a Covid-19 está pronta e começará ser produzida pelo Instituto Butantan.

Apesar da declaração, ele não informou uma data precisa para o início da produção do imunizante CoronaVac, do laboratório chinês Sinovac Biotech.
“A vacina está pronta e vai começar a ser formulada no Butantan. O que vai demandar tempo, como em qualquer lugar do mundo, é a finalização, a análise através do estudo clínico que está terminando”, explicou o diretor do Butantan, ao ser questionado sobre quando o primeiro brasileiro será vacinado.
Segundo Raul, “A intenção do Butantan é fornecer produtos para o Ministério da Saúde, que está ajudando na produção, incorporados ao SUS para a distribuição para a população brasileira”, reiterou.
No encontro, o diretor do Instituto respondeu a diversas perguntas dos deputados e do secretário de saúde de Santa Catarina, André Motta, que mencionou preocupação com a atuação de grupos antivacina no Estado e no Brasil.
“Temos percebido nos últimos anos um movimento antivacina de parte da sociedade, incluindo médicos, e que nos preocupa muito. Além do imunizante, precisamos de educação para que se perceba a necessidade da vacinação”, explicou.
Como funcionará a imunização 3n4l1t
O procedimento utilizado pela CoronaVac consiste em injetar vírus inativados por agentes químicos ou físicos no organismo, o que faz com que o sistema imunológico perceba o invasor e produza defesas contra ele.
Raul destacou que “existe a possibilidade e o interesse de fazer a combinação de vacinas. No entanto, essa primeira leva que está chegando ao final, ainda não estão sendo testada complementarmente”, diz.
Imunidade de rebanho 3t1y1q
Após ser questionado sobre a chamada imunidade de rebanho, que se vale de um cálculo utilizado por epidemiologistas e infectologistas para determinar a porcentagem de uma população que precisa receber as doses de uma vacina para que todos os indivíduos fiquem protegidos, Raul afirmou que “não será conquistada sem a utilização da vacina, mas no que diz respeito ao tempo de memória, não há conclusões”, declarou
Pressão pelo fim do isolamento social 6w5925
Durante o debate, a deputada Ada de Luca (MDB) reiterou a urgência na disponibilização da vacina, e destacou que “os deputados a favor do isolamento social no Estado estão sofrendo pressão” e disse ainda “que ninguém pode politizar a vacina dos brasileiro”.
O comentário foi feito no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chamou o governador de São Paulo, João Dória, de “nanico projeto de ditador”, em tom de crítica pela postura do tucano de querer impor a vacinação contra o novo coronavírus em São Paulo.
Na quarta-feira (22), Bolsonaro afirmou que o governo federal não comprará a vacina da empresa chinesa.
Ainda não foi marcada uma próxima reunião para continuar a discutir o assunto.