Com a primavera, chegam algumas reações alérgicas com sintomas que começam em setembro e podem durar até janeiro. São poucos os estudos clínicos sobre mas sabe-se que os efeitos da estação está localizado, principalmente, na região Sul.
Seis perguntas sobre alergias que rodeiam durante a estação foram respondidas pela médica alergista Jane da Silva, coordenadora do Núcleo de Alergia do HU-UFSC/Ebserh (Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago).

1- Como são os casos de alergia ao pólen no Brasil, que não tem estações bem definidas? 5m3u6l
O Sul do Brasil é onde acontece a estação polínica e se observa o aparecimento de sintomas alérgicos. Mas ainda são poucos os dados que informam com precisão a relação entre os dois.
Os estudos que existem mostram que a polinose – presença de sintomas como rinoconjuntivite e asma– afetam certa de 15 a 20% das pessoas. Outro dado é que esses casos começam a atuar em setembro, com piora entre outubro e novembro, e pode ir até dezembro e janeiro.
2- Crianças e idosos são mais sensíveis com relação ao pólen? 5y3e6u
Esses grupos apresentam imunidade reduzida- por estar em desenvolvimento ou envelhecimento do sistema imune. Este fator aumenta a probabilidade do grupo apresentar formas graves de doenças alérgicas.
Quanto ao tratamento, as crianças podem não saber comunicar o início dos sintomas, o que atrasa o início da medicação. Os idosos podem apresentar problemas cognitivos e fazer uso de medicamentos de forma desorganizada.
3- Quais são os sintomas da alergia ao pólen? 6k6f1s
Os sintomas são relacionados às vias aéreas superiores, como asma e rinoconjuntivite alérgica. Na asma os sinais podem ser: tosse seca e irritativa, chiado ou sibilância, falta de ar e sensação de aperto no peito;
Na rinoconjuntivite são: múltiplos espirros que ocorrem já pela manhã, coriza e congestão nasal (nariz entupido), coceira no nariz e nos olhos, inclusive os olhos podem ficar bem vermelhos e inchados.
4- Existe alguma forma de prevenir? 26s3c
É possível minimizar a exposição ao pólen e controlar os sintomas com medicamentos, mas não existe prevenção.
Entre as medidas para minimizar a exposição estão: abrir as janelas no final da tarde; mantê-las fechadas nos períodos de alta polinização, quando há muito vento ou tempestade; Evitar atividades externas entre 5h e 10h da manhã nos dias secos, quentes e com vento.
A alergista também sugere que sejam usados filtros especiais que reduzem a concentração do pólen nos carros; seja dado preferência às atividades externas no final da tarde ou após chuvas pesadas.
Remover as roupas e tomar banho ao chegar em casa ajuda a reduzir a exposição aos polens, que se prendem nas roupas e cabelos; Não estender as roupas no exterior da casa e lavar os olhos e nariz com soro fisiológico várias vezes ao dia também são opções.
5- É verdade que as mudanças climáticas têm contribuído para agravar esta situação? 363f4p
Em alguns lugares, as estações polínicas estão ganhando intensidade e ficando mais longas e, segundo estudos, as influências para isso são climáticas. Pessoas alérgicas saem prejudicadas de modo proporcional.
A poluição e as mudanças climáticas afetam promovendo o crescimento mais rápido das plantas; aumentando a polinização; aumentando o período de pólen; e contribuindo com a carga polínica na atmosfera.
Há evidência que os poluentes do ar podem se ligar a grãos de pólens, ajudando-os a penetrar mais facilmente nas mucosas nasais, nos brônquios e nos pulmões, o que potencializa as chances de tornar-se alérgico.
6- Há tratamento para alergia a pólen? 1h466w
Para controlar a alergia ao pólen, podem ser utilizados medicamentos antialérgicos. Eles dependem da gravidade dos sintomas e da doença alérgica manifestada.Também há a possibilidade de utilização de vacinas, sempre com indicação e acompanhamento médico.
Com informações da Agecom.