Pelo menos 10 tipos de vacinas contra a Covid-19 já estão sendo aplicadas pelo mundo desde o ano ado, mas para derrotar o novo coronavírus são necessários novos imunizantes. Alguns deles, inclusive, estão próximos de serem registrados.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) tem pelo menos 134 vacinas listadas. A grande maioria ainda está em fases iniciais de testes (fase 1 ou 2).
Ao menos duas delas, que estão na fase 3 (pré-registro) estão mais avançadas. São elas a NVX-CoV2373, desenvolvida pela Novavax e a alemã Curevac, que caminham para resultados suficientes para um pedido de registro.
NVX-CoV2373 6g631t
O imunizante da Novavax, empresa de biotecnologia norte-americana, teve resultados animadores na fase 3 no fim de janeiro com testes no Reino Unido gerando 89,3% de eficácia. Mais de 15 mil voluntários entre 18 e 84 anos foram imunizados.
Já na África do Sul, a eficácia da vacina foi de 60% em um estudo que envolveu cerca de 4.400 participantes.
Proteção contra cepas 61o3z
A proteção da vacina NVX-CoV2373 contra as cepas originais causadoras da Covid-19 chegou a 95,6%. Mas, se analisada a variante B.1.1.7, que predomina no Reino Unido, a proteção foi de 85,6%.
A Novavax ainda têm estudos adicionais nos Estados Unidos e no México com aproximadamente 30 mil voluntários para ter mais dados sobre a vacina em diferentes países.
A vacina, desenvolvida pela Novavax, utiliza a tecnologia de subunidade proteica, que envolve pedaços purificados do coronavírus especialmente selecionados por sua capacidade de estimular células imunes – no caso a proteína a proteína spike, localizada na coroa do vírus e que é por onde ele se conecta aos receptores humanos.
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O imunizante da biofarmacêutica alemã CureVac, a CVnCoV, iniciou simultameamente as fases 2b e 3 em dezembro do ano ado e tenta a documentação junto à EMA (Agência Europeia de Medicamentos).
O imunizante utiliza a mesma tecnologia já utilizada nas vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna: o RNAm (ácido ribonucleico mensageiro).
Resultados 6e2r1h
Os resultados das fases 1 e 2a indicam que o imunizante tem boa tolerância em humanos e induz “fortes respostas de anticorpos” e “indicação de ativação de células T [importantes para imunidade duradoura]”.
Não foram publicados dados preliminares sobre a eficácia da CVnCoV que está em teste na Europa e em países da América Latina como Peru e Panamá.
Parcerias 1f5a4p
A CureVac firmou, em janeiro deste ano, parcerias com a farmacêutica Bayer para a produção da vacina e com a britânica GSK (GlaxoSmithKline) para desenvolver imunizantes multivalentes de próxima geração baseadas em RNA mensageiro.
Além disso, há um acordo com a farmacêutica suíça Novartis para a fabricação dos insumos da CVnCoV já a partir do segundo trimestre de 2021.