Um novo caso de ebola foi registrado na República Democrática do Congo. O registro da doença motivou as autoridades sanitárias do país a declararem no último sábado (23) um novo surto da doença. Este é o terceiro surto de ebola no país desde 2018. O último havia sido encerrado em dezembro de 2021.

O novo caso de ebola foi registrado na cidade de Mbandaka. O paciente, um homem de 31 anos, apresentou os primeiros sintomasem 5 de abril e depois de mais de uma semana tratando em casa, buscou tratamento no hospital. No dia 21 de abril, ele foi levado a um centro de tratamento intensivo de ebola, mas morreu ainda no mesmo dia.
A diretora regional da OMS (Organização Mundial de Saúde) na África, Matshidiso Moeti, expressou preocupação com o caso. “O tempo não está do nosso lado. A doença iniciou há duas semanas e agora nós estamos correndo atrás”, afirmou.
Campanha de vacinação deve iniciar logo 4j4p4l
Uma campanha de vacinação deve ter início nos próximos dias. O país já tem estoques do imunizante rVSV-ZEBOV nas cidades de Goma e Kinshasa. Vacinas serão enviadas para Mbandaka, cidade onde o primeiro caso foi registrado.
A vacinação deverá começar por quem teve contato com a vítima, ampliando para os que tiveram contato com esse primeiro grupo. A estratégia é usada para conter a propagação do vírus.
O último surto teve duração de 42 dias. Na ocasião, foram notificados 11 casos (oito confirmados e três prováveis) e seis mortes na província do Kivu Norte. Foi nessa mesma província que ocorreu o surto de 2018, que durou dois anos.
O ebola 5cb4v
O vírus ebola atinge humanos e primatas (macacos, gorilas e chimpanzés) e foi descoberto em 1976, próximo ao Rio Ebola, localizado onde hoje fica a República Democrática do Congo.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), dos Estados Unidos, o hospedeiro natural do ebola ainda é desconhecido, mas investigadores acreditam que o vírus seja transportado por animais e que os morcegos sejam os hospedeiros mais prováveis.
O ebola é transmitido, principalmente, por contato direto de feridas na pele e mucosas desprotegidas com sangue ou fluidos corporais infectados. Além disso, pelo contato com objetos, como agulhas e seringas, contaminados; ou pelo contato com morcegos ou primatas infectados.
*Com informações da Agência Brasil