Em tom de despedida do governo, o general Eduardo Pazuello reconheceu nesta segunda-feira (15), que deve ser retirado do Ministério da Saúde, fez um balanço de sua gestão e anunciou o contrato de novas vacinas.
“O presidente sim está pensando em substituição, está avaliando nomes”, disse Pazuello em entrevista à imprensa. “Pode ser curto, médio ou longo prazo. O presidente está nessa tratativa de reorganizar o ministério. Enquanto isso não for definido, a vida segue normal. Não estou doente, não pedi para sair. E nenhum de nós está com problema algum. Quando o presidente tomar a sua decisão, faremos uma transição correta, como manda o figurino”, disse.

Ao fazer um balanço de sua gestão, o ministro disse que o Brasil “pode se orgulhar”, pois as ações do ministério são apresentadas com “transparência e em tempo real”. Pazuello negou que a coletiva fosse uma despedida e lembrou que o evento já estava planejado.
“O ministro da saúde será substituído? Provavelmente sim, um dia. Mas não estou doente e nós não vamos parar nem um minuto. Não paramos ontem, hoje e nem pararemos amanhã. Todos os meus interlocutores estão focados na missão e vão continuar”, acrescentou.
Ele disse ainda que, enquanto não houver a transição, não irá “parar nem um minuto”. “Eu não vou pedir para ir embora. Não é da minha característica. Isso não é um jogo, uma brincadeira, ‘quero ir embora’. Isso é sério, a pandemia, é o Ministério da Saúde”, disse o general que disse que só pediu para ir embora uma vez na vida.
Possíveis substitutos de Pazuello no Ministério da Saúde 36193v
O nome do ministro foi fartamente citado durante o domingo (14), depois que rumores de sua saída do ministério foram divulgados e que Pazuello teria pedido para deixar a pasta, alegando problemas de saúde.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se reuniu com possíveis nomes para assumir a pasta, tendo como principais candidatos a cardiologista Ludhmila Hajjar, que já declinou o convite, e o presidente SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologi) e também cardiologista Marcelo Queiroga.
Além disso, o nome do deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ) também circula no Planalto, sendo um dos aliados do atual presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas).
Pazuello afirmou que por ora continua chefiando a pasta. “Não estou doente! Continuo como ministro da Saúde até que o presidente da República peça o cargo. A minha missão é salvar vidas”, disse Pazuelo à jornalista Christina Lemos, do R7.
Cronograma de vacinas com 562 milhões de doses para 2021 386u1f
Na mesma coletiva, o ministro afirmou que até o fim de 2021 o Brasil terá um montante de 562 milhões doses da vacina contra a Covid-19. O montante é o resultado do que será entregue por 10 fornecedores.
Pazuello disse ter concluído os contratos para adquirir 183 milhões de doses da vacina da Covid-19, sendo das farmacêuticas Pfizer e e Janssen, o que já foi anunciado na semana ada, em que Pazuello citou que o veredito do contrato estava com o departamento jurídico das empresas. Desse total, serão 100 milhões de doses da vacina da Pfizer, e 38 milhões da Janssen.
“Já concluímos a contratação da União Química [fabricante da vacina russa Sputnik V], da Pfizer e da Janssen. Todas essas contratações foram a partir da lei sancionada na última semana, para que compreendam a velocidade istrativa desse trabalho”, disse.