A Páscoa é reconhecida em todo o mundo como o feriado cristão propício para o consumo de peixes. No entanto, essa prática pode ser adotada durante todo o ano e trazer benefícios significativos.

Segundo a nutricionista clínica Rosa Mendes, o consumo de peixe é uma excelente opção para integrar à dieta regularmente, pois é uma fonte de proteína magra, pouco calórica e altamente nutritiva.
“Com vitaminas do complexo B, vitaminas D e E, a proteína contém gorduras em alguns tipos, como salmão, atum e sardinha. Essas gorduras, no entanto, contribuem para a saúde cardiovascular e a função cognitiva, especialmente devido à presença do ácido graxo ômega-3”, explica.
Segundo a nutricionista, existem evidências que indicam a redução do risco de doenças cardíacas e neurodegenerativas associadas ao consumo desses ácidos graxos. Portanto, apesar de os preços serem mais elevados em algumas cidades, incluir peixe na alimentação de forma regular, de 2 a 3 vezes na semana, é altamente recomendado.
Peixes mais baratos 676d71
A nutricionista Cristina Ramos Callegari, da Epagri, conta que os peixes (de água doce e salgada) são os alimentos mais consumidos entre os pescados, mas lembra que esse grupo também inclui os crustáceos, como camarão, caranguejos e siris, e os moluscos, como polvos, lulas, ostras e mariscos.
As espécies de baixo custo capturadas pela pesca artesanal, quase desconhecidas entre consumidores e comerciantes, que também são boas fontes de vitaminas.
“Os peixes xerelete, sardinha-da-laje, peixe-porco, serra, savelha e xixarro merecem atenção especial como fontes de EPA e DHA, por serem refugo de pesca e não possuírem valor comercial. É o que estamos chamando de pescados não convencionais”, conta Cristina.
Normalmente, a cadeia de comercialização desses pescados se restringe às comunidades pesqueiras tradicionais.

Embora seja a fonte de proteína animal mais consumida globalmente, o consumo de pescado no Brasil fica no final da lista quando se analisa os hábitos alimentares.
O Guia Alimentar para a População Brasileira destaca que essa baixa frequência de consumo de pescados, apesar da extensa costa marítima e dos rios abundantes no país, pode ser atribuída à escassez desse alimento e aos preços relativamente elevados em comparação com carnes vermelhas e de aves.
A nutricionista observa que, atualmente, com o aumento dos preços das carnes vermelhas, em alguns casos, os peixes podem ser encontrados a preços mais íveis.