Uma jovem de 18 anos, Macy Williams, residente em Wrexham, País de Gales, enfrenta um desafio singular desde a infância: uma fobia alimentar que a acompanha desde os primeiros anos de vida.
Diagnosticada com ARFID (Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo), Macy tem evitado certos alimentos desde que era um bebê, levando-a a uma dieta extremamente restritiva.
Jovem ou 17 anos comendo apenas três alimentos – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/NDSeu paladar limitado permite apenas o consumo de pepino, mingau e custard, uma mistura de creme e gema de ovo. No entanto, a situação se agravou no último ano, quando Macy ou a depender de alimentação por sonda.
A história de Macy é marcada por desafios frequentes no hospital, incluindo datas especiais como Natal e aniversários, onde a presença de comida é inevitável. Em um de seus aniversários, um pepino com uma vela substituiu o tradicional bolo, simbolizando sua dieta restrita.
Para Macy, essa condição vai além de simples preferências alimentares. Ela sofre de ataques de pânico e até mesmo o cheiro dos alimentos pode desencadear vômitos.
Sua mãe, Terri, relembra que desde bebê a filha enfrentava dificuldades para se alimentar, com episódios de vômito ao tentar ingerir alimentos sólidos.
A longa jornada 3n4w
Segundo o jornal Beat eating disorder charity, que contou a história, o diagnóstico de ARFID veio há apenas dois anos, após uma longa jornada de desmaios, desnutrição e problemas de saúde diversos.
Aos 10 anos, Macy desmaiou devido à desnutrição e aos 14 anos teve que abandonar a escola e aulas de dança devido à fraqueza extrema.
Jovem precisou ficar internada para entender o que era e como tratar o transtorno alimentar restritivo – Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal/NDO diagnóstico de ARFID trouxe alguma clareza, mas a jornada de Macy está longe de terminar. Diagnosticada também com autismo, ela e sua família enfrentam desafios em encontrar tratamentos especializados no Reino Unido, buscando alternativas no exterior.
Em seu blog, Macy compartilha sua experiência e oferece conselhos para aqueles que também vivem com ARFID.
Sua jornada, marcada por solidão e desafios médicos, destaca a necessidade de maior conscientização e apoio para aqueles que enfrentam condições alimentares raras e complexas.
O que é Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo? 3go3g
Segundo o Ministério da Saúde, o Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo é uma condição psiquiátrica que se caracteriza pela restrição extrema na ingestão de alimentos, resultando em uma alimentação inadequada para sustentar as necessidades nutricionais do indivíduo.
Pessoas com ARFID podem ter uma aversão a certos alimentos devido a características sensoriais, como cor, textura ou odor, ou podem evitar alimentos devido a preocupações com náuseas, engasgos ou vômitos.
O ARFID difere de outros transtornos alimentares, como a anorexia nervosa, pois não está necessariamente relacionado à preocupação com o peso ou à imagem corporal.
Em vez disso, o foco está na evitação de certos alimentos, levando a deficiências nutricionais e problemas de saúde associados.
O tratamento para ARFID geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo terapia nutricional, terapia comportamental e, em alguns casos, intervenções médicas para abordar problemas de saúde decorrentes da desnutrição.
