Nem toda vez que alguém afirma estar com o “coração partido” trata-se de uma desilusão amorosa. Em alguns casos, a expressão pode remeter à cardiomiopatia de Takotsubo, uma síndrome cardíaca temporária, frequentemente confundida com infarto ou crise de pânico.
Síndrome de coração partido tem os mesmos sintomas de infarto – Foto: Vida Plena/NDDe acordo com o cardiologista Marco Miguita, da clínica Cardiocat, os sintomas incluem dor no peito, falta de ar, cansaço, arritmia cardíaca, tonturas, pressão baixa, desmaios, perda de apetite, dor no estômago, depressão e suor intenso. A condição é geralmente desencadeada por episódios de forte estresse emocional ou físico.
“Esse tipo de cardiomiopatia é um pouco raro, e muitas pessoas desconhecem sua existência. Porém, pode ser facilmente confundido com um infarto ou uma crise de pânico devido aos sintomas semelhantes e à origem emocional, relacionada a descargas intensas de estresse”, explicou Miguita.
Fortes emoções podem desencadear a síndrome do coração partido – Foto: Freepik/Divulgação/NDO que causa a síndrome do coração partido? 593r
Entre os fatores associados ao surgimento da síndrome estão términos de relacionamentos, morte de entes queridos, diagnóstico de doenças graves, perda de emprego, entre outros eventos emocionalmente impactantes.
A síndrome do coração partido é ageira, com duração de sete dias a até um mês. Na maioria dos casos, o paciente consegue se recuperar completamente.
Contudo, o cardiologista ressalta que, para descartar outras condições mais graves, como infarto ou crise de pânico, é fundamental realizar exames específicos.
Diagnóstico e tratamento da síndrome do coração partido 2x364i
Paciente precisa realizar exames para descartar infarto – Foto: Freepik/NDO primeiro o, alerta o médico, é procurar um profissional de saúde para eliminar problemas mais graves de saúde.
“Uma vez que o infarto e a crise de pânico sejam descartados, o médico pode diagnosticar a cardiomiopatia de Takotsubo e tranquilizar o paciente, reforçando que se trata de uma condição temporária, mas que exige monitoramento”, destacou o especialista.
Durante o tratamento, é recomendado acompanhar sinais vitais, como pressão arterial, e se necessário, oferecer e ventilatório. Além disso, o médico reforça a importância de compreender a ligação entre saúde emocional e cardíaca.
“O estresse emocional pode ter um impacto profundo no coração, mas com o diagnóstico correto, o tratamento costuma ser eficaz e tranquilizador”, concluiu Miguita.
