Novo Jornal ND: Muitas bandeiras desfraldadas em 14 anos 6q2v3x

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Engajamento social, político e em defesa da população sempre foram os temas principais de engajamento do Jornal ND

A história do ND é marcada por bandeiras desfraldadas com ousadia e determinação. Nos últimos anos, o jornal assumiu, por meio de editoriais, posturas relativas a temas importantes ou em defesa de soluções que os governantes ou legisladores postergavam ou negavam, por questões ideológicas.

ND defendeu o direito de liberdade da população em escolher com seus médicos como deve se tratar contra a Covid-19 – Foto: DivulgaçãoND defendeu o direito de liberdade da população em escolher com seus médicos como deve se tratar contra a Covid-19 – Foto: Divulgação

Uma delas, em setembro de 2019, foi de crítica à mudança do Fundo Eleitoral criado pelo Congresso Nacional para carrear dinheiro público às campanhas de candidatos a diferentes cargos eletivos. O texto dizia que a medida era uma manobra para “aumentar o volume de recursos, flexibilizar a punições, dificultar a fiscalização dos partidos e reduzir a transparência das campanhas, afrouxando regras e dando margem para o caixa 2”.

No plano político, o ND defendeu ainda a transferência e unificação das eleições como forma de concentrar os esforços do país no combate à Covid-19 e, no médio prazo, racionalizar o processo de escolha dos representantes do povo no âmbito do Executivo e do Legislativo. Com a transferência do pleito deste ano, argumentava o editorial, haveria uma significativa economia de recursos públicos e a redução de riscos de contágio em concentrações, reuniões, comícios e na própria votação – em 2016, as eleições mobilizaram 146 milhões de pessoas, entre candidatos, apoiadores, eleitores e mesários. Realizando o processo de forma unificada, em todos os níveis, não se pararia o país a cada dois anos, como ocorre atualmente, com gastos que podem chegar a R$ 22 bilhões em cada pleito.

O ND também defendeu a redução dos salários dos servidores públicos para que os poderes pudessem destinar mais recursos para a saúde em vista da pandemia de coronavírus que atinge o Brasil. O argumento era de que essa se tornou uma prática comum na iniciativa privada, onde os salários são em média menores do que no funcionalismo, com o agravante de que, ao contrário das empresas (que precisaram enxugar despesas e demitir trabalhadores), o serviço público oferece a vantagem da estabilidade para seus colaboradores. “É hora de dividir os custos [do combate ao problema sanitário] entre todos os brasileiros”, dizia o texto.

Liberdade de tratamento

Não menos contundente foi o editorial que defendeu a liberdade de cada cidadão para buscar o tratamento que melhor lhe conviesse para se prevenir ou se curar da Covid-19. Enquanto uma vacina confiável não é disponibilizada à população, as pessoas têm o direito de ouvir seu médico e os familiares para decidir de que forma desejam conduzir o processo de cura.

A tutela do Estado, nesse caso, é contraproducente, porque parte de premissas baseadas em posturas ideológicas, numa politização que só tende a piorar o cenário da pandemia. O atendimento precoce pode fazer a diferença, desafogando as UTIs e evitando a sobrecarga dos hospitais. “No futuro todos terão de prestar contas de seus atos à população”, disse o jornal ao cobrar responsabilidade das autoridades.

Em outro momento, o Notícias do Dia também questionou a liberação de 1.077 presos em função da pandemia, sob a alegação oficial de que os presídios estão lotados e a contaminação poderia tirar a vida de muitos detentos e provocar rebeliões. Para o jornal, a medida geraria insegurança na população, ainda mais num cenário de crise sanitária e desemprego em alta. Além disso, há presídios prontos para serem inaugurados em Santa Catarina, onde cerca de 200 agentes prisionais estão em desvio de função, lotados em gabinetes de parlamentares e secretarias de Estado.