Foram nove meses entre licença-maternidade, férias e home office até o nascimento de meu segundo filho. Nesse retorno, uma reflexão: como ser mãe, mulher e profissional? Independente da idade, muitas mulheres abandonam a trajetória.
Em levantamento sobre o assunto, um estudo da Licença Parental nas Melhores Empresas para Trabalhar da consultoria Great Place to Work, 47% das mulheres já abriram mão de oportunidades de promoção em sua própria empresa ou em outras organizações, por não conseguir conciliar a rotina de casa com o trabalho.

Isso sem contar muitas mães solo que ainda precisam de mais tempo e apoio para dar conta de tudo, ou mães autônomas onde parar significa comprometer a renda.
Outro estudo da Fundação Getúlio Vargas, apontou que após dois anos, quase metade das mulheres que tira licença-maternidade não está mais presente no mercado de trabalho.
Superar diferenças salariais, chegar a cargos de liderança são alguns de outros desafios par nós mulheres. Mas neste momento específico em que vivo, mais que os números quero retratar sobre o ser mãe e profissional.
Ao mesmo tempo do medo e aperto no coração pela distância em algumas horas longe, também a satisfação de se sentir valorizada, empenhada e com a energia renovada para chegar em casa e dar toda a atenção para o (a) filho (a).
Hoje ao retornar para a apresentação do Balanço Geral ville foi assim que me senti (e o link). Principalmente pelo apoio e valorização que me foi dada.
Conversei ainda nas últimas semanas com mães que também se sentiram assim e de diferentes áreas. Médicas, empresárias, entre tantas outras. Um dos relatos inclusive de uma mulher contratada ainda grávida no modelo home office.
E assim deste meu primeiro texto pós licença-maternidade, a retomada para seguir na maratona, mãe, mulher, jornalista.
Ao jornalista Mikael Melo muito obrigada pela brilhante missão cumprida em estar na coluna durante esses meses.