A jornalista Carolina Tancredo Damiani está lançando seu primeiro livro infantil, chamado “DiferenteMente Maria”. A obra foi inspirada na filha de oito anos, Maria Carolina, que, aos quatro, foi diagnosticada com o transtorno do espectro autista.
O lançamento foi incluído nas atividades do Dia da Conscientização do Autismo, promovido por instituições voltadas à causa autista, como a AMA (Associação dos Amigos do Autista) e o projeto Pró Autismo.

“DiferenteMente Maria” conta, de maneira simples e divertida, a forma de ver, ouvir e pensar das crianças autistas. Escrito em tom poético por meio de versos com rimas,“DiferenteMente Maria” é um livro infantil que tem como objetivo promover conhecimento de forma simples, divertida e contribuir para a inclusão de crianças autistas na escola e nos círculos de amizade.
A escritora, natural de Tubarão, no Sul do Estado, e residente em Florianópolis, destaca que ter uma menina autista em casa é viver uma montanha russa de emoções no mesmo dia. “Tudo é muito intenso e verdadeiro. Maria é extremamente sincera e demonstra muito bem seus sentimentos.”
A data, comemorada no dia 2 de abril, foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2008, como forma de alertar para a realidade vivida pelas pessoas com transtornos do espectro autista, representadas pela cor azul.
O transtorno e a obra 2r4f10
O autismo é um transtorno global do desenvolvimento que costuma surgir nos dois primeiros anos de vida, como resultado de uma desordem neurológica que afeta o cérebro e a interação social e as habilidades de comunicação do indivíduo.
Em casos graves, o autista pode ter epilepsia, depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. O nível intelectual varia da deterioração a casos com altas habilidades cognitivas. Nenhuma pessoa com autismo é igual a outra, mas todas precisam respeito.
No universo infantil, o objetivo é o mesmo. “A intenção do livro é mostrar a forma como a Maria vê e interage com o mundo. Promover a amizade entre crianças atípicas e típicas, que tem mais coisas em comum do que diferenças”, conta Carolina.