A medicina está ando por uma revolução na luta contra o câncer, e a inteligência artificial está sendo aplicada de maneira inovadora, ajudando na diferenciação de tipos de câncer e possibilitando tratamentos altamente específicos e personalizados com taxas de sucesso impressionantes.
As novas fronteiras da inovação e do futuro da oncologia estão sendo discutidas entre especialistas nacionais e internacionais durante o 11º Congresso Internacional Oncoclínicas, em São Paulo, que utiliza hologramas para que palestrantes de outros continentes participem do evento.
Inteligência artificial e hologramas aproximam médicos de tratamentos revolucionários contra o câncer – Foto: Divulgação/ND
Com mais de 300 palestrantes, incluindo oncologistas de renome de Santa Catarina, o congresso que começou nesta quinta (14) e vai até sábado (16) promete revelar avanços tecnológicos que estão salvando vidas.
A inteligência artificial no tratamento do câncer 386w1e
A oncologista catarinense Ana Galdino Franzoni e uma das especialistas no evento, explica que a IA (inteligência artificial) está sendo aplicada de maneira inovadora, permitindo que palestrantes de diferentes continentes participem do congresso através do uso de hologramas.
“A IA está sendo utilizada com hologramas permitindo que palestrantes em outro continente (Ásia) participem do congresso de tal forma que parece estar muito próximo”, diz.
Além disso, as discussões estão centradas em métodos revolucionários de diagnóstico e diferenciação de tipos de câncer.
Os participantes têm a oportunidade de fazer visitas guiadas ao laboratório de genômica da Oncoclínicas, conhecendo o que há de mais moderno na diferenciação de tipos de câncer, possibilitando tratamentos altamente específicos e personalizados com altas taxas de sucesso.
IA permite o a novas terapias para tratamentos contra o câncer – Foto: Divulgação/NDTratamentos específicos para o câncer de destaque 1z6d52
A médica catarinense enfatiza que tratamentos como a imunoterapia, terapia alvo e medicações conhecidas como “anticorpo-conjugado a droga” estão sendo amplamente discutidos no congresso.
“Essas terapias inovadoras estão proporcionando resultados notáveis, oferecendo aos pacientes tratamentos com menor toxicidade e maior eficácia, resultando em uma qualidade de vida significativamente melhor”.
Segundo a médica, a inteligência artificial desempenha um papel crucial ao analisar os dados genéticos e clínicos de cada paciente, permitindo que os médicos escolham terapias altamente direcionadas e eficazes.
A disponibilidade de tratamentos baseados em IA em SC 5g145
Conforme Franzoni, o maior desafio é a implementação desses tratamentos na saúde pública, devido aos custos ainda altos.
“O maior e grande desafio é a implementação na saúde pública, por se tratar de tratamentos ainda bastante caros”, explica.
No entanto, a rede particular já oferece o à tecnologia de ponta, o que representa um avanço significativo na região.
A oncologista catarinense Ana Galdino avalia as novidades da inteligência artificial em tratamentos contra o câncer – Foto: Divulgação/NDDescobertas e novidades na luta contra o câncer 302u3u
Franzoni enfatiza a necessidade de aumentar a multidisciplinaridade na abordagem do tratamento do câncer. Com novas e diversas medicações disponíveis e os pacientes vivendo mais, é essencial o apoio global de todas as especialidades médicas.
“Uma vez que novas e diversas medicações estão disponíveis e os pacientes vivem mais, é necessário o apoio global de todas as especialidades médicas no tratamento”, conclui.
Tipos de câncer mais comuns no Brasil 384ok
De acordo com dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer) são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil por ano, no período entre 2023 e 2025.
Em todo o país, o tumor maligno mais incidente é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).
Segundo o instituto, as regiões Sul e Sudeste concentram cerca de 70% dos casos. O câncer de mama em mulheres (Sul: 71,44/100 mil; Sudeste: 84,46/100 mil), o de próstata (Sul: 57,23/ 100 mil; Sudeste: 77,89/ 100 mil) e o de cólon e reto (Sul: 26,46/100 mil; Sudeste: 28,75/100 mil) são os três tipos com maior incidência nessas duas regiões.
