Acabando com a expectativa do famoso “chá revelação”, uma nova técnica desenvolvida por cientistas americanos promete permitir aos casais que fazem fertilização in vitro escolher o sexo de seus filhos. O novo estudo foi publicado na última quarta-feira (22), na revista científica PLOS One, e foi feito por pesquisadores da Universidade Cornell, em Nova York, nos Estados Unidos.

A pesquisa demonstra que o procedimento aparenta ser seguro e mostrou 80% de eficácia. Porém, a escolha de sexo de uma pessoa levanta debates éticos e em muitos países é considerada uma prática ilegal.
A técnica chamada de SST (seleção de sexo espermático) foi desenvolvida pelos pesquisadores através da seleção do esperma pela sua densidade. O sêmen que contém o cromossomo X, determinante para o sexo feminino, é mais pesado que o com o cromossomo Y, do sexo masculino.
Conforme o estudo, a experiência foi feita com 1.371 casais divididos em dois grupos – um deles serviu de controle. Entre os voluntários, 105 homens tiveram o sêmen enriquecido com a técnica SST para o sexo escolhido pelo casal.
Do grupo, 59 casais optaram por meninas e a técnica resultou em 79,1% de embriões do sexo feminino, um total de 16 crianças que nasceram sem nenhuma anormalidade, ou alterações cromossômicas.
Entre os 46 casais que desejavam meninos, a técnica funcionou em 79,6% dos casos. Com isso, nasceram 13 meninos saudáveis. Segundo os pesquisadores, o enriquecimento do esperma possibilita a seleção dos embriões para o sexo desejado.
“Nosso método de seleção de sexo não aumenta a proporção de embriões aneuploides adicionais. Portanto, pode ser considerado extremamente seguro, bem como eficiente, barato e eticamente palatável”, afirmam os pesquisadores.