Quando o assunto é sexo, a expectativa está longe da realidade. É isso o que mostram as últimas pesquisas que tratam do assunto. Qual a frequência sexual ideal?
De acordo com o Estudo Mosaico 2.0, que ouviu mais de 3 mil pessoas entre 18 e 70 anos, o número ideal de relações sexuais para os homens é de oito vezes por semana. O número real, no entanto, é de três vezes.
Já para o público feminino, a distância é menor. O número ideal para elas é de, em média, três vezes por semana, enquanto o número real é de duas relações sexuais.
Esses e outros números sobre a vida sexual dos brasileiros foram debatidos no terceiro episódio do podcast Café da Rocha, que recebeu a sexóloga Gabriela Dias.

Redução da frequência sexual está relacionada a medos e diminuição do desejo 2b10v
“Informação dá luz”, disse Gabriela em entrevista ao podcast. Ela diz que há uma lacuna de educação sexual que precisa ser inserida na sociedade e que aprendemos sobre sexo através do que ouvimos e com crenças que fazem mal para a sexualidade. No caso das mulheres através de restrições e medos já no caso dos homens através do estímulo a práticas que são irreais retratadas na pornografia.
Para a sexóloga Gabriela Dias o problema está na falta de informação e comunicação sobre o assunto, que costuma ser tratado como um tabu. Para Gabriela, é preciso que haja educação sexual desde a infância. “A Organização Mundial da Saúde recomenda que o assunto seja tratado desde os primeiros anos de vida”, diz.
De acordo com Dias, quando as crianças não têm informação em casa vão buscar na rua e encontram de forma distorcida.
“Quando as crianças perguntam de onde vem os bebês, explicar a verdade e não inventar história de cegonha. As crianças são muito inteligentes”.
Na visão de Gabriela, não explicar facilita o o à pornografia, o que pode virar um vício e comprometer o desempenho sexual na vida adulta. “A pornografia mostra cenas que não são reais e a comparação com a vida real causa frustração”.
Ejaculação precoce e falta de desejo são as disfunções sexuais mais comuns 4b6y6x
Os principais estudos realizados no país apontam para algumas disfunções em comum para homens e mulheres. De acordo com o Estudo Mosaico 2.0, realizado em 2016 e conduzido pela psiquiatra Carmita Abdo, para os homens as principais queixas são dificuldades em controlar a ejaculação (cerca de 30%) ou manter a ereção.
Para as mulheres, a falta de desejo sexual e a dificuldade para atingir o orgasmo são as queixas mais comuns.
Estudos realizados pelo HC (Hospital das Clínicas) da USP (Universidade de São Paulo) e pelo Cresex (Centro de Referência e Especialização em Sexologia) apontaram que a falta de desejo sexual é a principal queixa de 48% a 65% das mulheres que buscam auxílio médico.
Já a anorgasmia – dificuldade em atingir o orgasmo – atinge 23% das mulheres ouvidas na pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas. Segundo o INPA (Instituto de Psicologia Aplicada), essa disfunção pode variar de 10% a 33% das mulheres.
Importância e frequência sexual para os brasileiros 496u3i
De acordo com o levantamento do Mosaico 2.0, o sexo é importante ou muito importante para 95,3% dos brasileiros, sendo 96,2% homens e 94,4% mulheres.
Além disso, a pesquisa também levantou a frequência sexual e as principais preocupações.
Número ideal de frequência sexual por semana: 162i65
homens: 8 relações
mulheres: 3 relações
Número real de frequência sexual por semana: 72412
homens: 3 relações
mulheres: 2 relações
Principais preocupações sobre o sexo: 4bl5k
homens: temor de não satisfazer a parceira
mulheres: possibilidade de contrair doenças
Confira o podcast Café da Rocha 53462r
O Café da Rocha traz toda semana personalidades e assuntos do momento para um bate-papo leve e descontraído, para deixar você por dentro dos destaques do Brasil e do mundo.
O podcast é apresentado pela jornalista Vanessa da Rocha diretamente dos estúdios da redação multiplataforma do Grupo ND, em Florianópolis.
A produção do podcast Café da Rocha é realizada pelo Núcleo de Projetos Multimídia do Grupo ND, que trabalha com inovação e criação de novos produtos em jornalismo.