Dia de combate à hanseníase: conheça a doença e saiba como se prevenir 202s1p

Neste domingo (26) ocorre o Dia Mundial contra a Hanseníase; em ville, 15 casos novos da doença foram registrados em 2019

Uma doença infectocontagiosa de manifestação lenta e que pode trazer sequelas irreparáveis. Essa é só uma das definições para a hanseníase, doença causada por uma bactéria e que pode atingir homens e mulheres de todas as idades.

Geralmente, o estágio inicial da doença acontece quando a pessoa apresenta uma mancha com alteração de sensibilidade – Foto: Reprodução/NDGeralmente, o estágio inicial da doença acontece quando a pessoa apresenta uma mancha com alteração de sensibilidade – Foto: Reprodução/ND

A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. Ela é transmitida através do trato respiratório, ou seja, por meio de tosse e espirro de uma pessoa doente e sem tratamento.

Segundo o Ministério da Saúde, em 2018, foram registrados 28.660 novos casos de hanseníase no país, o que equivale uma taxa de detecção de 13,70 casos a cada 100 mil habitantes. Em Santa Catarina, no mesmo ano, 118 casos foram notificados com uma taxa de detecção de 1,65 casos por 100 mil habitantes.

Já em ville, no Norte do Estado, 15 casos novos da doença foram registrados em 2019. Apesar do número ser pequeno, segundo o Setor de Hanseníase e Hepatites, do Centro de Vigilância em Saúde, ao menos 10 casos apresentaram elevado grau de incapacidade e alta carga bacteriana, o que significa infecção ativa na cidade.

Doença se desenvolve de forma lenta 4x3x6w

Apesar de ser mais comum em adultos, a doença também pode atingir crianças. De acordo com a enfermeira Aline Rios Simões, o desenvolvimento da hanseníase é lento e pode demorar entre 2 e 5 anos para que os primeiros sintomas apareçam. Geralmente, o estágio inicial da doença acontece quando a pessoa apresenta uma mancha com alteração de sensibilidade.

“Se após apresentar esses primeiros sintomas a pessoa não é tratada, com o tempo, a bactéria consegue se multiplicar e acaba causando lesões em outros nervos”, explica.

Os principais sintomas da doença são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas, em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda de sensibilidade ao calor, à dor e ao tato, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos de braços, mãos, pernas e pés.

Porém, caso a pessoa não faça o diagnóstico precoce da doença, ela pode provocar incapacidades físicas. Entre as lesões graves que podem ser ocasionadas pela doença, estão a cegueira, piora da catarata, úlcera nos pés, além de mãos e pés caídos, por exemplo. Por isso, a importância do diagnóstico precoce.

Hanseníase tem cura 1s731k

A hanseníase é uma doença que tem cura. Após o diagnóstico, a pessoa a por uma avaliação que determina o tempo de tratamento da doença.

“Dependendo do estágio, o tratamento pode levar de seis meses a um ano. A doença tem cura, porém, as incapacidades e as sequelas da doença não são revertidas após o tratamento”, conta Aline.

Para garantir a conscientização da população, a Prefeitura de ville, por meio do setor de Hanseníase e Hepatites, do Centro de Vigilância em Saúde, vem realizando diversas ações para o combate e prevenção da doença.

“No último ano, fizemos capacitação para médicos e enfermeiros da região, além de palestras nas unidades de saúde. Para esse ano, também vamos criar alguns grupos de auto-cuidado voltados para a comunidade”, conta.

Semana Estadual de Combate à Hanseníase 2o6r4r

Todo o último domingo do mês de janeiro é comemorado o Dia Mundial contra a Hanseníase. Em 2020, será neste domingo, dia 26.

Por conta disso, em Santa Catarina, entre os dias 26 e 31 de janeiro, acontece a Semana Estadual de Combate à Hanseníase. A ação promovida pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), tem como objetivo alertar a população sobre os sinais da doença, além do diagnóstico precoce.

No Estado, entre 2001 e 2018, houve uma redução de 43,3% na taxa de detecção dos casos novos, o que fez Santa Catarina ser considerado um local de baixa endemicidade da doença.

Porém, mesmo com os números positivos, o mesmo ano registrou que 12,4% dos pacientes diagnosticados apresentavam grau 2 de incapacidade física. Um número considerado alto e que supõe o diagnóstico tardio da hanseníase.

Por conta disso, a DIVE alerta sobre a importância do diagnóstico precoce. Em caso de qualquer sintoma da doença, a recomendação é que a pessoa procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima para o tratamento e o diagnóstico.

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