O emagrecimento repentino de famosas como as cantoras sertanejas Maiara, da dupla com Maraisa, e Mari Fernandez, tem chamado a atenção do público e também de especialistas, que alertam sobre os riscos de medidas restritivas e até do uso de medicamentos para a perda de peso.

Na internet, as fotos das cantoras viralizaram e várias pessoas comentaram sobre a mudança rápida na aparência, associando inclusive ao uso do Ozempic – medicamento à base de semaglutida, amplamente prescrito para casos de pacientes com diabetes tipo 2.
No entanto, um dos efeitos principais da substância é o emagrecimento, já que o componente proporciona a sensação de saciedade por mais tempo e, por isso, também é receitado pelos médicos no tratamento da obesidade.
“As redes sociais infelizmente criaram uma proximidade das pessoas em geral com as celebridades que trazem aspectos positivos e negativos. Um desses pontos negativos acaba sendo comparação e o modelo de corpo ideal que é criado e que, muitas vezes, é algo muito difícil de ser atingido naturalmente”, afirma a endocrinologista Camila Spivakoski.
Maiara rebateu críticas a3h6s
Na terça-feira (26), após a especulação dos seguidores nas redes sociais, a cantora sertaneja Maiara afirmou que está pesando 47 kg e tranquilizou os fãs dizendo que não está doente.
Em 2018, a artista fez uma cirurgia bariátrica e, segundo ela, desde aquela época vinha tentando reduzir o peso, mas sem sucesso até o momento.

Apesar da redução drástica e repentina no peso, Maiara nunca itiu publicamente ter usado o medicamento.
“Sabemos hoje que, infelizmente, muitas medicações que deveriam ser restritas para tratamento de indivíduos que realmente tenham indicação para controlar obesidade e perda de peso, acabam sendo utilizadas por pessoas que já tem o peso adequado e que buscam perdas específicas ou magreza extrema, na maioria das vezes, sem orientação ou acompanhamento médico”, diz a especialista.

No Brasil, de acordo com a endocrinologista, existem alguns aspectos que precisam ser levados em consideração quando o assunto são as substâncias ‘emagrecedoras’.
“Apesar da semaglutida, sob nome de Wegovy, já ter sido aprovada pela Anvisa no final do ano ado – para tratamento da obesidade – no Brasil, oficialmente, o Ozempic ainda é liberado apenas para tratamento de diabetes”, pontua.
Para quem a substância é indicada? l5l5f
- Pessoas obesas (com IMC acima de 30);
- Com sobrepeso (com IMC acima de 25);
- Com comorbidades ou agravamento de condições preexistentes devido ao excesso de peso;
- Pacientes diabéticos ou com dislipidemias (excesso de gordura no sangue).
Um alerta dos especialistas é de que o uso de qualquer substância deve ter sempre o acompanhamento de um profissional, além de mudanças na alimentação e a inclusão da prática de exercícios físicos, caso contrário é possível que o paciente sofra com o efeito rebote.

Efeitos colaterais do uso de Ozempic apontados por médicos: 3b455r
- Náusea;
- Diminuição do apetite;
- Vômitos;
- Diarreia;
- Dor de cabeça;
- Desidratação (causada pelos episódios de vômito e diarreia);
- Pedra na vesícula (por conta do emagrecimento rápido);
- Mal-estar.
“Não são todos os padrões alimentares que vão apresentar resultado positivo com a medicação e por isso a avaliação médica adequada se torna tão necessária. Como qualquer medicamento, o Ozempic também tem ajuste de dose, efeitos colaterais e indicações e contraindicações que devem ser respeitadas e avaliadas individualmente”, alerta a médica Camila Spivakoski.