O corpo de uma pessoa que morreu em decorrência da Covid-19 ficou exposto, na manhã desta quinta-feira (1º), na porta de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Belo Horizonte (MG).

O Sindbel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte) denuncia que o fato, que ocorreu na UPA Pampulha, evidencia que não há mais espaço no necrotério da unidade.
De acordo com o sindicato, de quarta-feira (31) para quinta, cinco pessoas morreram vítimas da doença no local. Desde a última sexta-feira (26) as UPAs da capital registraram mais de 40 mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus.
O presidente do Sindbel, Israel Arimar denuncia que as unidades não têm estrutura para atender os pacientes graves e que os profissionais pedem ajuda. Segundo ele, médicos que atuam nas UPAs têm relatado que a demanda é alta e que o atendimento está precário.
Ele também diz que a situação mais dramática é justamente a da UPA Pampulha, onde um corpo ficou exposto nesta quinta e que os profissionais que trabalham no local afirmam que o cenário parece de “guerra”.
A reportagem procurou a Prefeitura de Belo Horizonte para comentar o assunto e aguarda resposta.
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Com o aumento na incidência de casos do novo coronavírus em Belo Horizonte desde o início do ano, a prefeitura decidiu transformar as UPAs em unidades de atendimento quase exclusivas para pacientes com Covid-19.
Nove postos de saúde foram transformados em unidades 24 horas para receber pacientes com outros problemas. O objetivo é que, com isso, as Unidades de Pronto Atendimento fiquem por conta de receber pessoas com sintomas respiratórios.