Os composto lácteo ganharam as prateleiras dos supermercado nos últimos meses no Brasil. Em alguns casos é confundido com leite, mas é considerado por especialistas como um produto ultraprocessado, que deve ser evitado na dieta de crianças e mesmo de adultos, por conta de riscos à saúde.

Conforme Carlos Corassin, professor da USP (Universidade de São Paulo), o composto lácteo possui duas variações. Uma delas é composta sem adição, por tanto é feita integralmente com ingredientes de origem láctea. Já a outra, que preocupa os especialistas, tem adição e possui -no mínimo – 51% dos componentes lácteos, o que pode gerar perda nutricional.
De acordo com a nutricionista Laís Amaral, os outros 49% do produto pode possui ingredientes variados, como açúcar, gordura vegetal, aditivos e de outros ingredientes de uso exclusivo da indústria.
Quanto ao uso do produto na alimentação das crianças, a nutricionista alerta que elas estão em fase de formação do hábito alimentar e que o produto é considerado hiperpalatável – estimula o consumo frequente e exagerado e por isso deve ser evitado.
Em contrapartida, o engenheiro de alimentos e professor do curso de engenharia de alimentos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Guilherme Tavares, considera que o composto lácteo não deve ser considerado um ultraprocessado. Segundo ele, são produtos que am por processamento, da mesma forma que o leite líquido a para se transformar em pó.
Além disso, pontua que ele não foi criado para substituir o leite em pó. Também destaca que existirão compostos lácteos com ingredientes não tão benéficos. Por isso, os especialistas orientam aos consumidores para verem as especificações nas embalagens dos produtos antes das compras.
Para a produção do composto lácteo, as indústrias devem seguir legislação, e executar um processo rigoroso de qualidade, segurança e formulação.
Não deve ser oferecidos a bebês 113026
De acordo com o Guia Alimentar para Crianças Brasileiras Menores de Dois Anos, do Ministério da Saúde, os compostos lácteos não devem ser consumidos por bebês e nem para crianças, entre seis meses e dois anos. Além disso, deve ser evitados pelos adultos.
Pois, conforme o documento, os ultraprocessados contêm ingredientes, que quando consumidas muitas vezes podem levar a vários problemas de saúde, entre elas hipertensão, doenças do coração, diabetes, câncer e obesidade.
*Informação R7