Um caso raro chocou o mundo todo nesta quinta-feira (31). Isso porque, uma mulher, de 41 anos, deu à luz dois meses após sofrer morte cerebral. O bebê nasceu saudável, e a mãe teve os aparelhos que a mantinham viva, desligados.

Segundo o portal R7, história começou quando a mulher, da Florida (EUA), que tinha um histórico de hipertensão, estava grávida de 22 semanas e foi hospitalizada devido a uma intensa dor de cabeça. Pouco tempo depois, ela teve uma convulsão e entrou em coma, sendo posteriormente diagnosticada com hemorragia cerebral e morte cerebral, embora o bebê aparentasse estar bem.
Uma equipe multidisciplinar composta por especialistas em neurologia, cuidados intensivos, obstetrícia, profissionais dos departamentos jurídico e ético, bem como assistentes sociais, concordou que a gravidez deveria prosseguir.
A família expressou o desejo de manter a gravidez, com o objetivo de “restaurar a viabilidade do feto e continuar o e somático da paciente”.
Manter o bebê vivo representou um grande desafio, exigindo a dedicação dos profissionais de saúde e o uso de tecnologias avançadas. A mãe em morte cerebral foi mantida com e de ventilador e alimentada por sonda nasogástrica. Além disso, foi necessário monitorar sua pressão arterial, istrar anticoagulantes para prevenir coágulos sanguíneos e fornecer outros medicamentos, incluindo antibióticos, para evitar complicações e proteger o feto.
Onze semanas após o início deste processo, os médicos realizaram uma cesariana, e o bebê nasceu com 33 semanas de gestação, não necessitando de reanimação. Após cinco dias, o bebê recebeu alta. As máquinas de e de vida da mãe foram desligadas posteriormente.
Embora seja um acontecimento extremamente raro, casos semelhantes ocorreram em outros lugares do mundo, como Portugal em 2016, quando uma mulher em morte cerebral deu à luz um bebê com 32 semanas de gestação após quatro meses em coma, e na Polônia, no mesmo ano, em que uma mulher de 41 anos deu à luz após 55 dias em morte cerebral.