Quase dois séculos antes da escolha do Papa Leão XIV, eleito nesta quinta-feira (8), um de seus antecessores, o Papa Leão XII, protagonizou importante capítulo da História do Brasil. Em janeiro de 1826, Leão XII reconheceu a nação brasileira como independente e Dom Pedro I como Imperador, por meio da Bula Præclara Portugalliæ et Algarbiorum Regnum.

De acordo com o livro ‘A Liberdade Religiosa nas Constituições Brasileiras’, escrito por Jayme Weingartner Neto, a Constituição de 1824 já havia estabelecido a religião católica como oficial do Império, e o Imperador foi proclamado Padroeiro das Igrejas do Brasil.

Com isso, ele tinha autoridade de gerenciar os assuntos eclesiásticos no país, um direito concedido pelo conceito de Padroado Régio. No entanto, a formalização desse padroado dependia da confirmação da Santa Sé, o que levou a intensas negociações com Roma.

Conforme o autor, a missão diplomática enviada a Roma buscava garantir o reconhecimento papal da independência do Brasil e a concessão dos mesmos direitos dos monarcas europeus. A Santa Sé só reconheceu oficialmente o Império do Brasil após a aceitação da independência por outras nações, formalizada em janeiro de 1826.

Influência do Papa Leão XII sobre o padroeiro do Brasil 8306e

De acordo com o portal Gaudium Press, antes da proclamação de Nossa Senhora Aparecida como padroeira do Brasil, outro santo já detinha esse título: São Pedro de Alcântara, cuja memória litúrgica é celebrada no dia 19 de outubro.

São Pedro de Alcântara, confessor do Rei Dom João III de Portugal, tornou-se também o santo da devoção da Família Real. Esse vínculo levou a escolha do seu nome para os dois imperadores do Brasil — Dom Pedro I e Dom Pedro II. Em 1826, atendendo a um pedido de Dom Pedro I, o Papa Leão XII proclamou São Pedro de Alcântara como padroeiro do Brasil.

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O cardeal Robert Prevost, ou Papa Leão XIV, é o novo Papa da Igreja Católica. Escolhido no 2º conclave mais rápido da história, o religioso é o primeiro norte-americano a ocupar o posto.

Ligado à vertente agostiniana da Igreja Católica e prefeito do Dicastério para os Bispos, Dom Robert Prevost tem 69 anos e é natural de Chicago, nos Estados Unidos.

Prevost ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho e emitiu os votos solenes em agosto de 1981. Seis anos depois, conquistou o título de Doutor em Teologia. Sete anos depois, foi enviado à missão de Trujillo, da qual foi diretor do projeto de formação comum dos aspirantes agostinianos dos vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac. A missão durou 11 anos.

Anos depois, foi nomeado Prior Provincial da sua Província “Mãe do Bom Conselho”, em Chicago. Depois, foi nomeado Prior Geral, tornando-se responsável pelos processos de planejamento e gestão da Ordem Agostiniana ao redor do mundo.

Relação com o Papa Francisco s2y6q

Em 3 de novembro de 2014, foi nomeado apostólico da Diocese de Chiclayo, no Peru, pelo Papa Francisco. Neste período, o Dom Robert Francis Prevost foi nomeado bispo titular de Sufar. Em 12 de dezembro de 2014, foi ordenado bispo de Chiclayo.

Em 2023, Prevost foi chamado por Francisco, que lhe concedeu o título de arcebispo. Dom Robert Prevost acompanhou o pontífice argentino durante suas últimas viagens oficiais. No período de doença do Papa Francisco, foi Prevost quem presidiu o terço pela saúde do então pontífice, em março de 2025.