
A Câmara Municipal de Canarana, no Mato Grosso, afastou o médico e vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa (PL), que está sendo investigado por estupro de vulnerável e por armazenar imagens de exploração sexual infantil.
Nesta terça-feira (4), a Polícia Civil divulgou novas informações sobre o caso, revelando a existência de mais duas possíveis vítimas: uma mulher de 29 anos e a filha de 8 anos.
De acordo com os investigadores, há indícios de que o vereador usava a fragilidade emocional das vítimas para criar uma relação de dependência e controle psicológico. Com isso, ele conseguia dominar as vítimas e praticar escravidão sexual contra elas.

O delegado afirmou que o vereador usava a profissão de médico para ter o e se aproximar das vítimas em situações de vulnerabilidade. Ele também estaria se relacionando com uma adolescente e a submetendo a escravidão sexual.
Na segunda-feira (2), a polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do vereador, locais onde foram apreendidas grandes quantidades de imagens de abuso sexual infantil e parte do conteúdo teria sido produzido, armazenado e compartilhado pelo próprio médico.
Vereador se aproveitou da filha menor 165i2q
A polícia descobriu que o vereador se aproveitou do controle psicológico que tinha sobre a mulher de 29 anos e, durante esse período, demonstrou interesse na filha dela, de apenas 8 anos.
Além de dominar a mulher, o suspeito teria produzido imagens íntimas dela e a pressionava para atender às suas exigências.

As investigações também indicam que, mesmo após o fim do relacionamento, o vereador teria obrigado a vítima a ter relações sexuais contra sua vontade, usando violência, em seu consultório no PSF Mutirão.
Segundo a polícia, foi aberta uma investigação específica para apurar o caso do vereador acusado de estuprar mãe e filha.
Câmara afasta vereador acusado de estuprar mãe e filha 1m11h
A Câmara Municipal de Canarana-MT divulgou uma nota dizendo que espera os esclarecimentos sobre o caso. “A Câmara repudia os supostos crimes atribuídos ao parlamentar e aguarda os desdobramentos da investigação, que deve seguir as garantias constitucionais.”

A partir da Lei Orgânica do município, o vereador foi afastado das atividades legislativas. Já o CRM-MT (Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso) também instaurou uma sindicância para apurar a conduta do médico.