O STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) nesta sexta-feira (21). A parlamentar é acusada de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.

O julgamento se refere ao episódio em que Zambelli empunhou a arma e perseguiu um homem nas ruas de São Paulo, em 29 de outubro de 2022, à véspera do segundo turno das eleições presidenciais.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibiu naquele ano o transporte de armas e munições em todo o território nacional por parte de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) no dia das eleições, assim como nas 24 horas anteriores e posteriores à votação.
A confusão começou quando um apoiador do presidente Lula (PT) abordou a deputada no bairro dos Jardins. Acompanhada do segurança, Zambelli empreendeu uma perseguição armada por cerca de cem metros, até que obrigou o homem a se deitar no chão.
Carla Zambelli poderá pagar R$ 100 mil por danos morais 1t3h6i

Os ministros do STF votarão em plenário virtual até 28 de março. O julgamento pode ser suspenso no caso de pedido de vista ou levado ao plenário físico se for solicitado o destaque.
A denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) solicitou que Carla Zambelli perca o porte de arma e seja condenada a pagar R$ 100 mil por danos morais.
A pena para porte ilegal de arma de fogo é reclusão de dois a quatro anos e multa, enquanto constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo pode acarretar multa ou um ano de prisão.

Se a parlamentar for absolvida, o processo será arquivado. Ainda caberia recurso no STF em caso de condenação.
Em 30 de janeiro, o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) decidiu pela cassação do diploma de deputada federal. A decisão tornou Carla Zambelli inelegível até 2030.
Ela foi cassada por uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político durante o pleito presidencial, em ação proposta pela deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP). No entanto, Zambelli segue no cumprimento do mandato até que o caso seja julgado pelo TSE.
Com informações do R7